Taxas do Tesouro Direto: quais são elas?
Quando decidimos fazer um investimento precisamos nos ater a uma série de fatores, um desses fatores que pode inclusive interferir diretamente em nosso retorno são as taxas que incidem sobre o investimento.
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Ou seja, quais as taxas envolvidas em toda a operação.
Nesse sentido quero conversar contigo sobre as taxas Tesouro Direto.
Se faz necessário conhecermos as taxas do Tesouro Direto uma vez que esse acaba sendo um dos investimentos mais apreciados entre os brasileiros conjuntamente a poupança.
O Tesouro Direto angaria tantos investidores sobretudo por seus inúmeros títulos que podem atender aos mais diferentes objetivos e perfis de investidor quanto por sua segurança.
Esse investimento é assegurado pelo Tesouro Nacional e tem como emissor o Governo Federal.
Os títulos do Tesouro são para o governo uma alternativa para arrecadar recursos para o financiamento de suas atividades.
Para o investidor acaba sendo uma maneira segura de investir e obter bons retornos.
Mas para que tudo isso ocorra da maneira como você imagina se faz preciso ter um pleno conhecimento acerca das taxas Tesouro Direto. Vamos ver como ela funciona?
Taxas Tesouro Direto, qual o seu valor?
O Tesouro Direto possui bons rendimentos e garante segurança ao investidor mas há taxas envolvidas na operação.
Uma das taxas relacionadas ao Tesouro acaba sendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O IOF incide nos trinta primeiros dias do investimento, assim sendo se você fizer o resgate antes desse tempo o imposto incidirá sobre o seu capital.
Além desse tributo que o investidor deverá arcar a ainda o pagamento da taxa de custódia cobrada pela B3.
A taxa de custódia consiste em uma taxa cobrada para a guarda dos papéis.
Podemos entender claramente como uma taxa cobrada semestralmente pela B3 responsável pelos títulos pelo seu armazenamento e pela proteção dos seus dados pessoais.
Essa cobrança é feita semestralmente e a porcentagem pode se alterar a cada ano.
Hoje a taxa de custódia está em 0,25% ao ano. Ou seja, esse é o valor que você como investidor do Tesouro terá de desembolsar pela custódia dos títulos.
Apesar de já somarmos aqui algumas tributações ainda temos o Imposto de Renda que pode incidir sobre os títulos do Tesouro Direto.
No caso do Imposto de Renda a tributação incide sobre o investimento de maneira regressiva.
Em outras palavras, quanto maior o tempo investido menor será a alíquota que você deverá pagar.
Por exemplo, para investimentos com prazo de apenas cento e oitenta dias a alíquota que incide está em aproximadamente vinte e dois por cento.
Para investimentos com prazo superior a setecentos e vinte e um dias a alíquotas cai para quinze por cento.
Apesar de ainda elevada há uma diferença substancial entre ambos os períodos de investimento.
Qual o melhor investimento, Tesouro Direto ou a poupança?
Se você estiver pensando em começar a investir e estiver na dúvida entre o investimento na poupança ou nos títulos do Tesouro Direto você chegou ao lugar certo.
A poupança é para o brasileiro o investimento mais apreciado mas antes de dar uma resposta taxativa quanto a essa questão não se trata de um investimento rentável embora seja de fato muito seguro. Mas ainda assim se faz possível encontrar inúmeras outras opções de investimento com essa mesma segurança e com uma rentabilidade melhor.
Assim sendo podemos concluir que o Tesouro Direto em seus múltiplos papéis se faz uma alternativa melhor para investir.
Como vimos no início são altamente seguros e assegurados pelo Tesouro Nacional.
Quanto a rentabilidade, o Tesouro IPCA+ oferece sempre um retorno acima da inflação e como sabemos é a inflação que determina o poder de compra do dinheiro.
Por exemplo, você já teve a impressão (que é real) de que há alguns anos cinquenta reais comprava muito mais do que compra agora?
Isso está diretamente relacionado com o poder de compra do dinheiro e atrelado a inflação.
Se o seu investimento está rendendo menos do que a inflação o seu dinheiro está perdendo poder de compra ao longo do tempo.
A poupança infelizmente apesar de levar o apreço dos brasileiros está a apresentar a cada ano rendimentos cada vez mais magros.
O rendimento da caderneta expressa setenta por cento da taxa Selic acrescida da Taxa Referencial (TR).
Nos últimos levantamentos realizados a poupança tem totalizado rendimentos muito abaixo da inflação. Ou seja, resultando em perdas para o investidor.
Nesse sentido se faz melhor investir em títulos do Tesouro Direto.
Há desvantagens no investimento no Tesouro Direto?
Os títulos do Tesouro estão considerados com um dos investimentos com menor risco do mercado financeiro, ainda assim apresenta desvantagens consideráveis que precisam ser observadas pelo investidor.
Dentre a mais importante temos uma possível dificuldade para a venda do título no momento desejado pelo investidor.
Os títulos do Tesouro possuem data de vencimento que expressam o momento no qual o investidor pode fazer o resgate de seu capital.
Caso deseje fazer a venda antecipada talvez não encontre tamanha facilidade assim para repassar os títulos e isso pode acabar sendo considerado como um ponto extremamente negativo do Tesouro.
Outra desvantagem que precisa ter a sua existência conhecida diz respeito ainda as vendas antecipadas. É preciso uma boa estratégia para evitar perdas nesse tipo de resgate.
Já ouviu falar de Tesouro Direto Prefixado? Saiba mais!
Por Rafael Mansberger – Especialista em crédito – @rafaelmansberger – E-mail: [email protected]