Reserva de emergência: qual o melhor lugar para deixar esse dinheiro?

Uma reserva de emergência se faz necessário principalmente quando imprevistos acontecem. E na maioria das vezes, um saldo positivo na conta garante que você não caia no buraco das dívidas ou passe aperto em momentos emergenciais.

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Fonte: Google

Você, provavelmente, não pensa que vai chegar ao trabalho e ter uma carta de demissão te esperando. Ou que vai chegar em casa e ver a geladeira pifada. Ou que vai sofrer um acidente de trânsito e ter que arcar com todos os custos.
Situações imprevisíveis como essas podem acontecer a qualquer momento, e todos somos suscetíveis a elas. É por esse motivo que apostar em um “seguro” é extremamente importante para manter a tranquilidade diante de problemas da vida.
Este seguro é mais conhecido como reserva de emergência, e como o seu próprio nome sugere, é ela quem vai te socorrer quando ocorrer algum imprevisto e evitará que você precise depender do cheque especial ou de empréstimos no banco – com juros absurdos que podem comprometer as suas finanças por muito tempo.

Quanto devo ter de reserva de emergência?

Não existe uma quantia exata de quanto dinheiro deve ser dedicado a reserva de emergência, dado que esse valor varia de acordo com o custo de vida de cada pessoa/família, a renda mensal e entre outras questões relacionadas. No entanto, para te dar um norte financeiro de quanto ter guardado, você pode se basear no valor das suas despesas mensais multiplicadas por 6 meses. Por exemplo: se você gasta em média R$3000 por mês, a sua reserva de emergência precisa ter, no mínimo, R$18.000.

Algumas pessoas, para ter mais tranquilidade diante de imprevistos, preferem ampliar o valor para custear 12 meses ou até mais. Mas, normalmente a reserva de emergência não será construída de uma hora para outra – a não ser que você tenha alguns bens parados para se desfazer (por ex.: a moto que está parada a meses) e montar a sua reserva.
Por isso, o ideal é que você comece a destinar parte da sua renda mensal (entre 10% a 20%) para formá-la. Se essa quantia a ser poupada por mês parecer impossível no momento, comece com menos para alimentar o hábito de economizar e vá aumentando gradualmente conforme você vai colocando a sua vida financeira nos trilhos.

Onde você não deve guardar o seu dinheiro

Os investimentos para a reserva de emergência devem apresentar liquidez diária. Em outras palavras, você poderá tirar o seu dinheiro a qualquer momento. Mas, isso não significa que deixar o dinheiro debaixo do colchão, dentro do cofrinho ou parado na conta corrente seja uma boa ideia.
Além da falta de segurança nas duas primeiras opções, o dinheiro guardado dessas formas leva o investidor ao prejuízo por conta da inflação. Outro ponto que deve ser levado em consideração são os rendimentos. O dinheiro parado na conta corrente não rende e quem recorre a poupança consegue um retorno muito baixo.

Onde investir a reserva de emergência

Na hora de escolher o melhor investimento para a reserva de emergência deve ser levado em conta três principais fatores: liquidez, rendimentos e segurança. Hoje, o Tesouro Selic e os CDBs são os principais produtos de renda fixa.
O Tesouro Selic, atualmente, rende o mesmo que a Taxa Selic, 4,25% ao ano. Já os CDBs com liquidez diária normalmente possuem uma rentabilidade de 100% da taxa CDI, sendo que rende um pouco menos que a Taxa Selic (por ex.: se a Taxa Selic estiver a 4,25%, o CDB está a 4,1%). No entanto, deve ser levado em conta que os CDBs não possuem cobrança de taxa de bolsa, diferentemente do Tesouro Selic – fazendo com que ele seja uma alternativa mais rentável em alguns casos.
Em questão tributária, ambos os investimentos têm cobrança do Imposto de Renda sobre o lucro. Ambas as opções para alocar a reserva de emergência são boas e garantem retorno melhor do que deixar o dinheiro rendendo pouco na poupança, parado na conta corrente ou debaixo do colchão. Independentemente de qual investimento escolher, é importante ter esse valor guardado para situações emergenciais.

Por Rafael Mansberger – Especialista em crédito – @rafaelmansberger – E-mail: [email protected]

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