Crise econômica: as causas e consequências do cenário atual - Formoney

Crise econômica: as causas e consequências do cenário atual

crise econômica
Fonte: Google

A crise econômica no Brasil acabou de fato se agravando e muito com a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.

Todavia, o ano de 2020, segundo especialistas, era o ano mais promissor para que o país se reerguesse e saísse da recessão que teve início em 2014.

O que por uma série de fatores não ocorreu.

A origem da crise econômica no Brasil

É impossível e até mesmo ingênuo determinar as causas da crise econômica brasileira em um ou outro fator.

O cenário econômico que encontramos hoje, é resultado de uma série de fatores dos mais distintos.

Vamos entender como chegamos onde estamos?

A crise econômica no Brasil teve início em 2014.

O governo Lula “pegou” o país com boa estabilidade e com inflação reduzida.

Tudo o que era esperado pelo novo governo, era o investimento para o crescimento econômico e assim foi feito.

O governo aplicou uma política de juros subsidiados e crédito a baixo custo para empresários escolhidos pelas políticas de acesso do governo.

Todas as iniciativas do governo resultaram em um significativo aumento de renda das classes D e E, mudanças nos hábitos de consumo e de investimento.

A demanda de toda a população por produtos foi elevada e externamente o cenário era igualmente favorável com a exportação de commodities.

Até aí tudo bem. Mas para entendermos a crise econômica que teve início em 2014, é preciso voltarmos alguns anos.

Crise econômica: tudo teve início com as decisões de 2008

Em 2008 houve a grande crise mundial que afetou todos os países de maneiras diferentes, mas todos os países, principalmente aqueles que dependiam de suas relações internacionais de países mais afetados pela grande crise.

No caso do Brasil, o governo optou por investir em redução de impostos e maneiras de sustentar a demanda de produtos internos.

Esse foi um dos primeiros erros.

Embora o cenário momentaneamente tenha sido satisfatório e apresentado resultados positivos no curto prazo, a alternativa adotada pelo governo favoreceu o consumo de bens e serviços, mas não igualmente a sua produção que passou a ser mais elevada.

Com a posse de Dilma, as coisas começaram a desandar um pouco mais, visto que a presidente não conseguiu unir aliados para o seu projeto de crescimento do país.

A partir de então, a alternativa do governo foi a de manter as iniciativas do governo Lula.

Os juros continuaram a ser subsidiados e o crédito se manteve a baixo custo para empresários parceiros do governo.

Já sabemos como essa história termina.

As empresas que se beneficiaram deste crédito, apresentaram casos de corrupção e ineficiência, como compra a investigação denominada de Lava-Jato.

Para conter tudo o que estava ocorrendo, o governo optou pelo congelamento das tarifas públicas como uma opção para conter a inflamação.

Em 2014, o Brasil entrou em recessão técnica e a produção industrial caiu, bem como os salários reais também.

As empresas de grande porte começaram a demandar do Brasil para países vizinhos como alternativa para fugir da alta carga de impostos cobrados.

Com isso, tivemos um aumento no número de desempregados que atuavam nessas empresas.

De 2014 pra cá, pouca coisa mudou e o cenário econômico se deteriorou ainda mais.

O ano de 2020 aparentava ser promissor até a ocorrência da pandemia do coronavírus.

A crise provocada pela Covid-19, é diferente das outras

Segundo especialistas, a crise econômica no Brasil provocada pela Covid-19 é diferente das outras, especialmente porque não se trata apenas de mais um ano de recessão que teve início em 2014, mas o pior ano que o país já viveu em termos de crise econômica.

A pandemia no Brasil veio apenas nocautear a economia que já vinha cambaleando devido ao que vimos aqui e a instabilidade política que envolve o atual governo, além dos pequenos escândalos também.

Ainda de acordo com estes especialistas, é esperado que o Brasil se mantenha em condições desfavoráveis tanto este ano quanto o próximo.

Para que você tenha ideia do abismo em que estamos, a projeção do Fundo Monetário Internacional, o FMI, é que o Produto Interno Bruto do Brasil, o PIB, tenha retração de 5,3%.

A estimativa do governo é mais animadora com retração de 4,7%.

Apesar de sob o ponto de vista do governo, a recessão sobre o Produto Interno Bruto ser menor, estes índices são os piores desde o ano de mil novecentos e um, quando passamos a ter uma pesquisa mais confiável desse indicador.

O pior declínio econômico sobre o Produto Interno Bruto só foi registrado em mil novecentos e trinta e cinco, quando tivemos retração de 4,35%.

No Brasil, a crise econômica não foi provocada unicamente pela pandemia, e não é algo de 2020, e talvez por conta disso, seja tão forte e atípica para os especialistas.

Outro indicador que também vai bater recorde negativamente é o indicador de desemprego.

A estimativa é que o desemprego chegue a mais de dezoito por cento até o final do ano.

Começamos com taxa de desemprego perto de doze por cento.

Esse indicador é o maior desde mil novecentos e oitenta quando a Fundação Getúlio Vargas, (FGV), começou a realizar essa pesquisa.

Gostou de saber mais sobre a crise econômica?

Então não deixe de acompanhar os demais artigos do blog, tenho muitas outras novidades para você!

Por Rafael Mansberger – Especialista em crédito – @rafaelmansberger – E-mail: [email protected]

Espera...