Taxas futuras de juros seguem exterior e recuam após alívio com Fed


Taxas futuras de juros seguem exterior e recuam após alívio com Fed

As taxas dos contratos futuros de juros brasileiros fecharam em queda nesta quarta-feira, em linha com a baixa dos rendimentos dos Treasuries após alívio com a decisão de política monetária e as projeções econômicas do Federal Reserve.

O Fed manteve a taxa de juros inalterada nesta quarta-feira, mas os formuladores de política monetária indicaram que ainda esperam reduzi-la em 0,75 ponto percentual até o final de 2024 em seu famoso “gráfico de pontos” de expectativas econômicas, apesar do progresso mais difícil do que o esperado em direção à meta de inflação de 2% do banco central dos Estados Unidos.

“As taxas de juros domésticas acompanharam o fechamento da curva americana no instante imediatamente após a decisão do banco central americano. A decisão do Fed retirou o medo de redução da perspectiva de corte de juros neste ano”, disse Lais Costa, analista da Empiricus Research.

“Apesar de eliminar esse risco, a única mudança no comunicado foi no sentido de uma avaliação mais positiva do mercado de trabalho e as revisões de PIB de 2024 e de núcleo de PCE para cima, são alterações que indicam um ambiente menos favorável à queda dos juros”, ponderou ela.

Mesmo assim, com os mercados aliviados pela não confirmação de um cenário mais adverso, o rendimento do Treasury de dez anos caía nesta tarde, influenciando o mercado brasileiro.

Também colaborou para esse movimento o fato de o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ter dito nesta quarta-feira em entrevista coletiva que, mesmo com a força inesperada dos dados inflacionários recentes nos EUA, sua perspectiva para as pressões sobre os preços é relativamente estável.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,9%, ante 9,953% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,795%, ante 9,863% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,03%, ante 10,104%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,104%, de 10,404% no pregão anterior. O contrato para janeiro de 2029 marcava 10,505%, ante 10,598%.

Após o fechamento dos mercados, é a vez do Banco Central do Brasil anunciar sua decisão de política monetária. Embora seja consenso que haverá novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%, investidores estão em dúvida sobre se a autarquia manterá a menção à repetição desse movimento nas “próximas reuniões”.

Fonte: Reuters

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