Taxas futuras de juros recuam em linha com exterior antes de decisões de política monetária


Taxas futuras de juros recuam em linha com exterior antes de decisões de política monetária

As taxas dos contratos futuros de juros do Brasil caíram nesta terça-feira, em linha com os rendimentos dos Treasuries e antes das decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,95%, ante 9,988% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,86%, ante 9,933% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,1%, ante 10,179%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,395%, de 10,475% no pregão anterior. O contrato para janeiro de 2029 marcava 10,59%, ante 10,666%.

Mais cedo, as taxas brasileiras chegaram a subir, em meio a ambiente global mais cauteloso, mas logo reverteram o movimento, acompanhando recuo nos rendimentos norte-americanos e reversão das perdas das ações em Wall Street.

O mercado estava trabalhando em modo de espera antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, a ser anunciada na quarta-feira.

Embora investidores estejam certos de que o banco central norte-americano manterá sua taxa básica de juros inalterada nesse encontro, há dúvidas quanto aos próximos passos, depois que dados de inflação mais altos do que o esperado levaram a adiamentos sucessivos das apostas sobre um primeiro afrouxamento pelo Fed.

No entanto, dando algum apoio ao apetite por risco nesta sessão, operadores aumentaram nesta terça-feira suas apostas de que o Fed reduzirá as taxas até junho, para 58%, de 54% na segunda-feira, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group.

No Brasil, o Banco Central também terminará seu encontro de política monetária na quarta-feira, com ampla expectativa de novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%, mas com dúvidas sobre se a autarquia manterá a orientação de manutenção desse ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões”, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.

Mais cedo, o boletim Focus, do BC, mostrou que a expectativa de mercado para a alta do IPCA em 2024 subiu em 0,02 ponto percentual, para 3,79%. Para 2025 a projeção foi elevada em 0,01 ponto, a 3,52%, enquanto para os dois anos seguintes seguiu em 3,50%.

Fonte: Reuters

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