Taxas dos DIs avançam em linha com exterior antes de reuniões de BCs


Taxas dos DIs avançam em linha com exterior antes de reuniões de BCs

As taxas dos contratos de juros futuros do mercado brasileiro subiram nesta segunda-feira, em linha com a alta dos rendimentos dos Treasuries antes das reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,99%, ante 9,963% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,93%, ante 9,888% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,165%, ante 10,127%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,46%, de 10,421% no pregão anterior. O contrato para janeiro de 2029 marcava 10,655%, ante 10,617%.

Segundo participantes do mercado, esse movimento era reflexo da abertura da curva de juros norte-americana. Nesta tarde, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — subia 4 pontos base, a 4,34%.

Na quarta-feira, tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central do Brasil encerrarão suas respectivas reuniões de política monetária. Lá fora, a expectativa segue sendo de que o Fed manterá sua taxa básica inalterada até um primeiro corte em junho, mas, recentemente, dados de inflação mais altos do que o esperado nos EUA aumentaram a cautela dos investidores quanto aos próximos passos do Fed.

No Brasil, é consenso que o BC reduzirá a Selic novamente em 0,50 ponto percentual, a 10,75%, mostrou pesquisa da Reuters com economistas. O foco dos investidores está em descobrir se a autarquia manterá a orientação de manutenção desse ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões”.

“Acreditamos que o Copom deveria deixar de fornecer o ‘guidance’ futuro que aponta para cortes de juros de 0,50 p.p. nas duas reuniões subsequentes”, disse Lucas Farina, analista econômico da Genial Investimentos.

“O intuito disso não seria necessariamente o de diminuir a magnitude de corte de juros para 0,25 p.p., mas sim o de aumentar os graus de liberdade na condução da política monetária por parte do Bacen à medida que a Selic se aproxima da sua taxa terminal.”

Mais cedo, dados do Banco Central mostraram que o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,60% no primeiro mês do ano. O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,26% e marcou o quinto mês seguido no azul.

Segundo participantes do mercado, esses dados podem jogar a favor da alteração na orientação do BC no trecho do comunicado que falava em cortes da mesma magnitude nas “próximas reuniões”.

Fonte: Reuters

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