Renegociar o aluguel pode ser uma maneira para aliviar o orçamento durante a pandemia
Renegociar o aluguel pode ser uma boa pois acordo com a AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).
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Pelo menos um a cada cinco aluguéis de imóveis foram renegociados no estado devido a pandemia causada pelo novo coronavírus. Os descontos no aluguel aplicados variaram entre 10% a 50%, por um período de até três meses.
Essa renegociação foi o que possibilitou inúmeras famílias a se reorganizar financeiramente nesse momento de crise, diminuir o impacto no orçamento familiar ou pelo menos passar com o mínimo de dignidade pelo problema. No entanto, se você também já renegociou o seu aluguel (residencial ou comercial) ou pensa em fazer isso, é preciso de planejamento para colocar as finanças no eixo novamente depois da crise e não se apertar da mesma forma.
Renegociar o aluguel na maioria dos casos, a oferta funciona da seguinte maneira:
➔ Os descontos concedidos são temporários (a maioria com cerca de três meses)
➔ Os descontos deverão ser pagos nas parcelas dos próximos meses.
Os três meses de contrato com desconto, na maioria dos casos, terminou no último mês. Mas com a situação atual, será que vale a pena pedir um tempo a mais?
Tanto para os inquilinos quanto para os proprietários essa negociação a mais vale a pena.
A lógica é simples: mais vale o imóvel alugado com prestações menores do que vazio.
Na hora de sentar para reavaliar o pagamento do aluguel é importante que haja bom senso dos dois lados. O inquilino precisa ser o mais transparente e sincero possível, sem tentar agir de má fé para levar vantagem com a situação. Enquanto isso, o proprietário deve lembrar que manter a renda (mesmo que em valor reajustado) é melhor do que dispensar o inquilino e correr o risco de não conseguir alugar novamente por meses a fio.
Agora, quem já renegociou o aluguel do imóvel que vive ou que trabalha, e já pediu a extensão do desconto por mais algum tempo até a situação normalizar, mas mesmo assim vê o orçamento quase estourando, precisa analisar as alternativas com calma. Reavaliar o padrão de imóvel e dar um passo atrás se for o caso, pode ser necessário para não se endividar.
Não espere a poeira abaixar para colocar a sua vida financeira de volta nos trilhos. Apare as arestas do seu orçamento, adeque o seu padrão de vida e renegocie o que for possível com descontos ou com prazos estendidos. Coloque tudo o que for possível no papel e planeje todos os caminhos possíveis para passar por esse momento.
Por Rafael Mansberger – Especialista em crédito – @rafaelmansberger – E-mail: [email protected]