Protesto dos servidores do Banco Central contra Haddad: Saiba mais
O embate entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Banco Central (BCB) tem gerado tensões, indo além das questões envolvendo o presidente do Banco Central, Campos Neto, e a taxa de juros elevada. Nesse contexto, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) decidiu realizar uma paralisação no dia 25 de maio, entre as 14h e as 16h.
Anúncios
Segundo o Sinal, o motivo do protesto está relacionado ao descumprimento de um acordo referente à reestruturação de carreira dos servidores.
De acordo com os representantes do sindicato, o ministro Haddad teria atuado prontamente para resolver questões relacionadas ao pagamento de bônus aos fiscais da Receita Federal, enquanto o projeto de reestruturação da carreira dos funcionários do Banco Central estaria sendo negligenciado pelo ministério.
Essa paralisação é vista como uma forma de expressar o descontentamento dos servidores em relação à situação atual e reivindicar a devida atenção ao projeto de reestruturação de carreira que está em discussão.
Esse embate reflete um contexto de tensões e divergências entre o ministro da Fazenda e o Banco Central, tendo repercussões tanto no âmbito das políticas monetárias quanto nas relações com os servidores do BCB. O desfecho desse impasse terá impactos significativos na dinâmica interna da instituição e nas políticas econômicas como um todo.
Análise do plano proposto para os servidores do Banco Central
Em setembro de 2022, houve um acordo entre os servidores, a diretoria do Banco Central e o governo, então comandado por Jair Bolsonaro. Conforme o sindicato, o acordo previa ajustes nos nomes dos cargos e em requisitos adicionais para ingresso na carreira.
No entanto, após passar pela avaliação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o projeto não teve avanços na Casa Civil. Atualmente, a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, é responsável pela revisão do projeto. Os servidores afirmam que têm buscado uma conversa com a ministra desde abril, porém, sem sucesso.
“Ficou tudo parado em algum lugar, sem que a ministra nos dê qualquer explicação a respeito”, afirmou Fábio Faiad, presidente do Sinal.
Com a paralisação, o Sinal busca uma mudança de postura e busca o retorno da atenção do ministério em relação ao projeto em discussão. Essa ação é uma forma de pressionar por uma resposta e demonstrar a insatisfação dos servidores com a situação atual.