Google diz que ação judicial sobre coleta de dados é “marretada” contra IA generativa



O Google pediu a um tribunal dos Estados Unidos para rejeitar uma ação coletiva que alega que a coleta de dados pela empresa para treinar sistemas de inteligência artificial generativa viola os direitos de privacidade e propriedade de milhões de pessoas.

O Google disse ao tribunal na segunda-feira que o uso de dados públicos é necessário para treinar sistemas como seu chatbot Bard. A empresa afirmou que o processo “seria como uma marretada não apenas aos serviços do Google, mas também à própria ideia de IA generativa”.

“Usar informações publicamente disponíveis para aprender não é roubar”, disse o Google. “Nem é uma invasão de privacidade, conversão, negligência, concorrência desleal ou violação de direitos autorais.”

Oito indivíduos não identificados processaram o Google em São Francisco em julho, alegando que a empresa teria supostamente usado conteúdo publicado nas redes sociais e informações compartilhadas nas plataformas do Google para treinar seus sistemas.

A ação judicial é uma das várias reclamações recentes sobre o suposto uso indevido de conteúdos como livros, artes visuais, código-fonte e dados pessoais por empresas de tecnologia, sem permissão, para treinamento de IA.

Representantes dos autores da ação não comentaram o assunto nesta terça-feira.

A conselheira-geral do Google, Halimah DeLaine Prado, afirmou em comunicado nesta terça-feira que a ação judicial “não tem fundamento” e que a legislação dos EUA “apoia o uso de informações públicas para criar novos usos” que sejam benéficos.

Prado também negou que a empresa utilize sem permissão informações não públicas de serviços como o Gmail para o treinamento de IA, conforme alegado no processo.

O conteúdo identificado na ação judicial varia de fotos em sites de namoro a playlists do Spotify e vídeos do TikTok. Um dos autores, J.L., descrito como jornalista investigativo e que escreve best-sellers, também afirmou que o Google copiou seu livro para ajudar a treinar o Bard a responder a requisições de texto.

Fonte: Reuters

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