Estratégias de ETFs dos EUA Redirecionam Recursos de China para Mercados Emergentes, Brasil Incluído

Estratégias de ETFs dos EUA Redirecionam Recursos de China para Mercados Emergentes, Brasil Incluído

Os investidores no mercado de ETFs (Exchange-Traded Funds) de mercados emergentes, com um valor total de cerca de US$ 325 bilhões, estão repensando suas estratégias à medida que buscam alternativas ao crescimento econômico da China, que vem enfrentando desafios.

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Estratégias de ETFs dos EUA Redirecionam Recursos de China para Mercados Emergentes, Brasil Incluído. (Foto: reprodução/internet)

Mudança de Enfoque para ETFs Ativos

Nos últimos tempos, temos observado um movimento notável em direção aos ETFs ativos, especialmente aqueles que têm exposição ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Índia e às ações latino-americanas.

De acordo com dados compilados pela Bloomberg sobre fundos baseados nos EUA, esses ETFs ativos receberam aproximadamente meio bilhão de dólares em investimentos no último mês.

Simultaneamente, estratégias passivas com forte exposição à China sofreram saques no valor de US$ 3,5 bilhões.

Desafios dos ETFs Passivos

Embora os ETFs passivos tenham se tornado populares devido à sua facilidade de acesso a mercados financeiros anteriormente difíceis de alcançar, eles têm suas desvantagens, como a falta de flexibilidade.

O movimento em direção aos ETFs ativos reflete uma crescente conscientização de que o crescimento econômico chinês pode não ser tão robusto quanto se esperava após a pandemia.

Impacto nas Alocações de Ativos

No mês de agosto, houve saques de mais de US$ 2 bilhões do ETF iShares Emerging Markets, um dos maiores ETFs com foco amplo em mercados emergentes e que alocava cerca de um terço de seus ativos na China.

Ao mesmo tempo, um ETF da BlackRock, que investe em mercados emergentes excluindo a China, atraiu US$ 945 milhões apenas neste trimestre, registrando a maior captação desde o seu lançamento.

Outro destaque é o ETF iShares MSCI Emerging Markets ex China, que encerrou seu 11º mês consecutivo com captações líquidas em agosto, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Fortalecimento de Mercados Emergentes em Crescimento

Enquanto a China enfrenta desafios econômicos, outras regiões estão mostrando força. O mercado de ações do México, por exemplo, apresenta um dos melhores desempenhos em 2023, e as ações brasileiras estão em alta devido ao ciclo de cortes de juros em andamento pelo banco central.

Além disso, a Global X Management lançou recentemente novos ETFs que se concentram em ações de países específicos, como Índia e Brasil, aproveitando a demanda por oportunidades fora da China.

Possível Impacto nas Economias Emergentes

Essas tendências podem ter um impacto significativo nas economias emergentes, historicamente menos acessíveis aos investidores dos Estados Unidos.

Dos sete ETFs nos EUA que monitoram mercados emergentes e atraíram pelo menos US$ 1 bilhão em investimentos este ano, três são fundos ativos que alocam mais capital na Índia e oferecem menos exposição à China em comparação com fundos passivos similares.

Destaque para a Índia

A Índia tem sido um foco importante para os investidores, pois a classe média em rápido crescimento e a economia em expansão impulsionam os ativos financeiros do país.

O ETF Avantis Emerging Markets Equity, por exemplo, atraiu mais de US$ 1,2 bilhões este ano, oferecendo maior exposição à Índia, ao Brasil e ao México do que ETFs passivos.

Vantagens dos ETFs Ativos

Embora os ETFs ativos representem apenas cerca de 4% do mercado de fundos de índice de mercados emergentes, essa categoria atraiu mais de 40% dos novos investimentos entre junho e setembro de 2023.

Isso demonstra que os investidores estão em busca de flexibilidade e opções de investimento baseadas em teses de alta convicção.

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