Seu plano de saúde pode ficar mais barato.

Reajuste de Planos de Saúde: Possibilidade de Índice Negativo Tem Gerado Expectativa entre Consumidores e Operadoras

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Em uma recente reunião realizada em São Paulo com a diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), um tema que tem dominado as discussões do setor foi abordado: o índice de reajuste dos planos de saúde, tanto individuais quanto familiares. Essa questão está gerando bastante atenção, já que, pela primeira vez, há uma possibilidade real de o reajuste ser negativo, o que tornaria as mensalidades mais acessíveis para os consumidores.

Fonte: Google

Expectativa de Reajuste Negativo

O grande destaque dessa reunião é a expectativa de que, finalmente, o percentual de reajuste dos planos de saúde seja negativo. Isso representa um alívio para os usuários, que enfrentam, há anos, constantes aumentos nas mensalidades. O reajuste negativo indicaria uma redução nos custos dos planos, algo inédito na história recente. O menor reajuste já aplicado foi de 5,42%, em 2000.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a responsável por definir o percentual máximo de reajuste que as operadoras de planos de saúde podem aplicar. Tradicionalmente, a ANS estabelece esse índice anualmente, mas os altos custos com a saúde privada e as constantes insatisfações dos consumidores têm levado a discussões intensas sobre a viabilidade de manter os aumentos.

Impacto da Pandemia e Queda na Sinistralidade

Nos últimos anos, a pandemia de COVID-19 teve um grande impacto no setor de saúde suplementar. Em 2020, a ANS decidiu suspender os reajustes para planos individuais e familiares, devido à crise sanitária e econômica causada pela pandemia. Em vez de aplicar o reajuste previsto de 8,14% para 2020, o órgão congelou os valores.

Esse ano, o cenário é diferente. A sinistralidade (proporção entre os gastos com serviços de saúde e as receitas das operadoras) caiu de 82,4% em 2019 para 75,4% em 2020. As despesas assistenciais também apresentaram uma queda, passando de R$ 173 bilhões para R$ 166 bilhões no mesmo período. Em contrapartida, o número de pessoas cobertas pelos planos de saúde aumentou, alcançando 47,7 milhões.

Possíveis Efeitos Econômicos do Reajuste Negativo

Ainda que um reajuste negativo possa ser benéfico para o bolso do consumidor, ele também traz desafios econômicos. De acordo com Tatiana Nogueira, economista da XP, um possível reajuste negativo este ano pode gerar pressões inflacionárias no próximo ano. Isso porque, caso o reajuste não cubra o impacto econômico, pode haver uma necessidade de compensação no futuro. Segundo ela, um reajuste que se mantivesse em 5% ou 6% em 2022, poderia se aproximar de 10% em anos subsequentes, como forma de ajustar a discrepância.

O Futuro dos Planos de Saúde

Com a possibilidade de um reajuste negativo, surgem várias questões sobre o impacto a longo prazo para as operadoras e para a qualidade dos serviços prestados. A ANS tem sido cuidadosa ao considerar as implicações econômicas desse tipo de reajuste, e os consumidores aguardam ansiosos por uma definição que traga mais transparência e previsibilidade para o setor.

Essa reunião é um marco importante para os planos de saúde no Brasil, e a decisão final poderá mudar o cenário para os consumidores, oferecendo um alívio financeiro em tempos de crise. No entanto, as autoridades terão que equilibrar os benefícios para os consumidores com a necessidade de manter a sustentabilidade do setor de saúde suplementar.

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