USDA estima safra de milho dos EUA em recorde; preços caem para mínima em 3 anos

 

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USDA estima safra de milho dos EUA em recorde; preços caem para mínima em 3 anos

EUA Terão Safra Recorde de Milho em 2023/24, Diz USDA; Preços Caem ao Menor Nível em Três Anos

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta quinta-feira uma estimativa recorde para a produção de milho na safra 2023/24, impulsionando os estoques projetados e pressionando os preços futuros para o menor patamar em três anos na bolsa de Chicago (CBOT).

Segundo o relatório mensal, a produção norte-americana de milho deve atingir 15,234 bilhões de bushels, número superior aos 15,064 bilhões estimados em outubro. Com isso, o mercado reagiu com forte queda nos preços, refletindo maior oferta e expectativa de aumento nos estoques globais.

Além disso, o USDA revisou para cima a safra de soja, agora projetada em 4,129 bilhões de bushels, contra 4,104 bilhões no mês anterior. O rendimento médio estimado foi de 174,9 bushels por acre para o milho e 49,9 bushels por acre para a soja.

A combinação de rendimentos acima do esperado e condições climáticas favoráveis durante grande parte do ciclo produtivo contribuiu para as projeções otimistas da temporada agrícola nos Estados Unidos, mesmo com adversidades pontuais em algumas regiões produtoras.

Impacto nos Preços e no Mercado

A notícia teve efeito imediato nos mercados futuros de grãos. Os contratos de milho negociados na CBOT atingiram o menor nível desde 2020, enquanto os preços da soja também recuaram, ainda que em menor intensidade, pressionados pelo aumento da oferta.

A perspectiva de uma oferta robusta nos Estados Unidos, maior exportador global de grãos, amplia o cenário de abundância no mercado internacional, especialmente em um momento em que a demanda global apresenta sinais de desaceleração, sobretudo por parte da China.

Estimativas para o Brasil

O USDA manteve inalteradas as previsões para a safra brasileira de 2023/24, projetando:

  • Milho: 129 milhões de toneladas
  • Soja: 163 milhões de toneladas

Esses números refletem uma visão ainda otimista sobre o potencial produtivo do Brasil, apesar das preocupações climáticas em regiões produtoras, especialmente no Centro-Oeste.

O relatório reforça a tendência de oferta abundante global de grãos em 2024, o que pode manter os preços sob pressão nos próximos meses, exigindo atenção redobrada dos produtores às estratégias de comercialização e ao câmbio, que pode exercer papel crucial na competitividade das exportações.

(Reportagem de Tom Polansek)

Fonte: Reuters

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