Trabalhadores do UAW na fábrica da GM em Flint votam contra novo acordo 

 

Anúncios

Trabalhadores do UAW na fábrica da GM em Flint votam contra novo acordo 

Trabalhadores da GM em Flint Rejeitam Proposta de Acordo do UAW por Margem Apertada

Em um sinal de que a ratificação do novo acordo entre a General Motors (GM) e o United Auto Workers (UAW) pode enfrentar obstáculos, os trabalhadores da fábrica de montagem de Flint, em Michigan, votaram contra o acordo proposto com 51,8% dos votos contrários, segundo informou o sindicato local UAW Local 598 em publicação no Facebook na última quinta-feira.

A votação reflete divisões internas entre os trabalhadores, mesmo diante de avanços significativos nas negociações, incluindo aumentos salariais e melhorias nos benefícios. A GM preferiu não comentar o resultado parcial durante o processo de ratificação, que ainda está em curso em outras unidades da empresa.

O acordo provisório firmado com a GM — que cobre cerca de 46 mil trabalhadores sindicalizados — foi alcançado após semanas de greve coordenada contra as três grandes montadoras de Detroit: GM, Ford e Stellantis (dona da Chrysler). As negociações resultaram em propostas semelhantes para as três empresas, com destaque para um aumento de 25% no salário base até abril de 2028, que pode representar um ganho acumulado de até 33% quando se incluem os subsídios de custo de vida recém-negociados.

A planta de Flint, onde a votação ocorreu, é responsável pela produção da picape Chevrolet Silverado, um dos veículos mais lucrativos da GM. A rejeição do acordo nesse local representa um alerta importante para a montadora, já que pode indicar resistência de outras unidades à proposta, especialmente diante das expectativas elevadas após anos de aumentos limitados e pressões inflacionárias recentes.

A votação seguirá em outras fábricas da GM nas próximas semanas e será determinante para a ratificação ou rejeição final do acordo. Caso o acordo seja rejeitado por uma maioria nacional dos trabalhadores, novas rodadas de negociação podem ser necessárias, reacendendo incertezas sobre estabilidade nas operações da montadora.

A negociação coletiva coordenada deste ano foi histórica por ter sido a primeira vez que o UAW mobilizou greves simultâneas contra as três montadoras de Detroit, pressionando por reajustes salariais, segurança no emprego e melhorias nas condições de trabalho.

O desfecho do processo de ratificação é crucial não apenas para os trabalhadores da GM, mas também para definir um novo padrão contratual para toda a indústria automotiva dos EUA nos próximos anos.

(Reportagem de Nathan Gomes e Shivansh Tiwary, em Bengaluru)

Fonte: Reuters

Espera...