Queda da Selic: Efeitos Tangíveis no Seu Dia a Dia
A taxa Selic foi revisada pelo Banco Central: o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por um corte de 0,50 ponto percentual, fazendo com que a taxa básica de juros passasse de 13,75% para 13,25% ao ano.
Anúncios
A mudança foi celebrada pelos economistas após um ciclo de aperto que se estendeu de março de 2021 a agosto de 2022.
Crédito
A taxa Selic é usada como referência para os juros do mercado, como financiamentos, empréstimos e linhas de crédito. Com o corte nos juros, a tendência é que os juros nos bancos caiam. Bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, já anunciaram reduções em suas taxas de juros.
Consumo
Com crédito mais barato, espera-se um aumento no consumo de produtos de valor mais elevado, aquecendo a economia. Mais produtos e serviços serão demandados, exigindo maior produção industrial.
Empresas
Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero, destaca os setores com maior dependência de crédito como beneficiários.
Ele afirma: “Isso contribui para o barateamento do crédito e, por sua vez, para um aumento do consumo, principalmente quando considerado em paralelo o aumento da renda real devido à desaceleração das pressões inflacionárias”.
Mercado de Trabalho
A queda da Selic inverte a tendência de desaceleração do mercado de trabalho e estagnação salarial. As empresas voltam a ter acesso a financiamentos e o consumo aumenta, levando a uma necessidade de mão de obra e potencial aumento salarial no médio prazo.
Inflação
A queda da Selic tem vantagens, mas demanda atenção do Banco Central, pois tende a aumentar a inflação do país. É essencial que o Copom encontre o equilíbrio entre o ritmo e a magnitude dos cortes para evitar impactos no bolso dos brasileiros.
Câmbio
A redução da Selic pode levar a um aumento do dólar em relação ao real, tornando a renda fixa menos atrativa para investidores estrangeiros. Quanto menos dólar circula no país, mais cara fica a moeda.
Investimentos
No campo dos investimentos, as mudanças são rápidas. Com a Selic mais baixa, produtos de renda fixa perdem atratividade, e os investidores começam a rever suas carteiras.
Contas Públicas
O governo também beneficia-se de uma Selic baixa, que diminui as despesas com juros da dívida pública. A despesa com juros somou R$ 586 bilhões em 2022, ou 5,96% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.