PIB do 1º Trimestre Impulsionado por Consumo e Investimento, Podendo Atingir 1%
247 – Após seis meses de estabilidade, a economia brasileira voltou a crescer no primeiro trimestre de 2024, de acordo com as estimativas de economistas para os dados do PIB (Produto Interno Bruto). Os números oficiais serão divulgados na terça-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As projeções coletadas pela agência Bloomberg apontam uma expectativa de crescimento de 0,5% a 1% no período, em comparação com o trimestre anterior. A mediana das projeções é de 0,7%, conforme reportagem da Folha de S. Paulo.
Para o ano, as projeções indicam um crescimento próximo de 2%, uma queda em relação aos cerca de 3% observados em 2022 e 2023, mas com uma dependência menor da agropecuária.
Os economistas esperam que os dados do IBGE mostrem um crescimento generalizado entre os três principais setores econômicos, com maior destaque para a agropecuária nos primeiros três meses do ano.
Do lado da demanda, os destaques positivos devem ser o consumo das famílias e os investimentos, enquanto o setor externo provavelmente terá uma contribuição negativa, com as importações crescendo mais do que as exportações.
O início de 2023 foi marcado por melhorias no mercado de trabalho, antecipação de pagamentos de precatórios e do 13º salário para beneficiários do INSS, reajuste de benefícios atrelados ao salário mínimo e uma redução nas taxas de juros, fatores que contribuíram para o aumento da renda e do consumo.
No entanto, um fator de incerteza para os trimestres seguintes são as enchentes no Rio Grande do Sul, que provavelmente terão um impacto negativo nos dados do PIB no segundo trimestre, embora se espere efeitos positivos da reconstrução da região até o final do ano.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) projeta um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre, com Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, enfatizando que esses resultados representam uma mudança em relação ao ano passado.
O instituto espera resultados positivos para o PIB em todos os trimestres de 2024, mesmo com o impacto das enchentes no Sul. No entanto, a antecipação de gastos no primeiro semestre pode afetar o crescimento na segunda metade do ano.