Petrobras eleva preço do QAV em 5,3% a partir de outubro
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A Petrobras anunciou nesta terça-feira um reajuste no preço médio de venda do querosene de aviação (QAV), combustível essencial para o setor aéreo. A partir do dia 1º de outubro, o valor do QAV sofrerá um aumento de 5,3%, o que representa uma elevação de aproximadamente R\$ 0,22 por litro. O comunicado foi divulgado oficialmente pela estatal e já gerou repercussão no mercado, principalmente entre as companhias aéreas e operadores logísticos que dependem diretamente desse insumo para suas operações.
Apesar da alta pontual anunciada para o início de outubro, a Petrobras fez questão de destacar que, no acumulado de 2023, o preço do combustível de aviação ainda registra uma queda significativa. De acordo com a empresa, entre janeiro e setembro, houve uma redução acumulada de 12,6% no preço médio do QAV, o que equivale a uma diminuição de cerca de R\$ 0,64 por litro em relação ao valor praticado em dezembro de 2022.
Esse novo reajuste no preço do QAV ocorre em um momento de volatilidade no mercado internacional de petróleo e seus derivados. Fatores como as decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), os estoques globais, a demanda por combustíveis e os conflitos geopolíticos continuam a influenciar os preços praticados no Brasil, que são atrelados às cotações do mercado internacional.
O querosene de aviação é um dos principais componentes do custo operacional das companhias aéreas, representando uma parcela significativa das despesas das empresas do setor. Por isso, reajustes no valor do QAV têm impacto direto sobre os preços das passagens e podem influenciar decisões estratégicas das companhias, como a malha aérea e a frequência de voos.
Analistas avaliam que, embora o aumento anunciado seja relativamente modesto, ele ocorre em um contexto de pressão inflacionária em diversas cadeias produtivas. Ainda que a queda acumulada no ano ofereça algum alívio, a elevação recente pode reacender preocupações quanto aos custos logísticos e ao impacto nos preços finais ao consumidor, especialmente em voos domésticos e regionais.
A Petrobras, por sua vez, reforçou que a política de preços da empresa segue critérios de mercado e que os reajustes são realizados com base em parâmetros técnicos e variações do custo de aquisição dos combustíveis, buscando garantir a sustentabilidade econômica da companhia ao mesmo tempo em que acompanha os movimentos do cenário global.
(Por Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira)