Órgão governamental norte-americano denuncia grandes empresas de tecnologia por prática de censura em conjunto, gerando preocupações sobre a liberdade de expressão na era digital.


Órgão governamental norte-americano denuncia grandes empresas de tecnologia por prática de censura em conjunto, gerando preocupações sobre a liberdade de expressão na era digital.

A FCC (Federal Communications Commission) enviou uma petição para Google, Apple, Meta e Microsoft, exigindo informações até 10 de dezembro sobre como essas empresas utilizam a ferramenta NewsGuard para bloquear conteúdos de informação. A agência reguladora dos EUA, que supervisiona o setor de comunicações, enviou uma carta na quarta-feira (13 de novembro de 2024) para a Alphabet (dona do Google), Apple, Meta e Microsoft, solicitando que as empresas forneçam informações até 10 de dezembro relacionadas ao uso de monitores de desinformação, em especial o NewsGuard.

A carta, assinada pelo comissário Brendan Carr, ligado ao Partido Republicano e integrante do colegiado da FCC, destaca a preocupação com o que ele chama de “cartel de censura” no país. Carr argumenta que houve um aumento significativo na censura nos últimos anos, e que as quatro grandes empresas de tecnologia mencionadas desempenharam papéis fundamentais nesse comportamento inadequado ao silenciar cidadãos americanos no exercício de seus direitos de liberdade de expressão garantidos pela 1ª Emenda da Constituição dos EUA.

O comissário destacou a necessidade de desmantelar esse “cartel de censura”, afirmando que os americanos devem ter o direito de reivindicar sua liberdade de expressão, vital para a democracia. Ele solicita informações específicas sobre o NewsGuard, uma ferramenta lançada em 2018 que fornece classificações de confiança para mais de 7.500 sites de notícias e informações.

Carr menciona que a NewsGuard foi citada nos chamados “Twitter Files” como parte de um amplo cartel de censura. Ele também levanta preocupações sobre a imparcialidade da ferramenta e sua atuação, incluindo acusações de classificar a propaganda oficial do Partido Comunista Chinês como mais confiável do que publicações americanas.

O comissário destaca ainda que a NewsGuard expandiu suas atividades para monitorar sistemas de inteligência artificial, firmar parcerias com agências de publicidade para rejeitar contratos com veículos de imprensa conservadores, e fornecer software que restringe o acesso a determinados sites em navegadores da web.

Essas medidas ganharam atenção devido às controvérsias envolvendo figuras proeminentes e eventos políticos dos Estados Unidos, como o apoio público de um dos co-fundadores da NewsGuard a alegações de desinformação russa durante a campanha presidencial de 2020. A expectativa é que a investigação da FCC traga mais luz sobre essas questões e promova a transparência no uso de ferramentas de controle de informação.

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