O governo de Lula completa 100 dias
Na segunda-feira (10/04), o terceiro governo do presidente Lula, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), completou 100 dias com o desafio de criar uma agenda positiva e lidar com impasses políticos e econômicos.
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Para celebrar a data, Lula e seus ministros apresentaram um balanço da gestão e lançar a campanha “O Brasil Voltou”, que já circula nas redes sociais desde o fim de semana.
Em sua publicação do vídeo, o presidente declarou: “Estamos de volta para cuidar do povo brasileiro e é exatamente isso que estamos fazendo. Continuaremos trabalhando juntos por um Brasil com mais direitos e oportunidades”..
Promessas cumpridas
Durante os primeiros 100 dias do seu governo, Lula retomou programas implementados em gestões petistas anteriores, como o novo Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos.
Espera-se que seja relançada uma versão semelhante ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como prometido em campanha, Lula concentrou-se na articulação internacional, com viagens para a Argentina, Uruguai e Estados Unidos.
Nesta semana, Lula cumprirá compromissos na China, viagem que havia sido adiada anteriormente, e em seguida visitará a Europa.
Outras promessas
No entanto, Lula enfrentou situações delicadas com alguns de seus ministros nos últimos 100 dias. Ele precisou desmentir anúncios feitos por eles e também lidou com o desgaste de dois ministros, Juscelino Filho das Comunicações e Daniela Carneiro do Turismo.
Um exemplo foi quando o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, prometeu um projeto de passagens aéreas por R$ 200 para determinados grupos, chamado de “Voa Brasil”.
As críticas internas surgiram após o anúncio informal, levando Lula a pedir aos ministros que não anunciassem nenhuma iniciativa genial sem passar pela Casa Civil.
Além disso, houve ajustes políticos na composição do ministério, incluindo a tentativa de consolidar uma base sólida no Congresso. Apesar da aliança com o Centrão, essa base ainda não é considerada concreta.
A questão econômica tem sido a principal fonte de turbulência no governo. Antes mesmo de tomar posse, o governo apresentou a PEC da Transição, que alterou o chamado Teto de Gastos, mas a equipe econômica continua discutindo uma nova estrutura fiscal para o ajuste das contas públicas.
Embora a equipe econômica tenha apresentado as linhas gerais da iniciativa, ela ainda não enviou o projeto ao Congresso Nacional. Alguns pronunciamentos do presidente, especialmente em relação à política de taxa de juros, têm gerado críticas, com o Banco Central sendo um dos principais alvos.