Mesmo com novas estratégias, setor imobiliário chinês mantém perspectiva de declínio a longo prazo
À medida que os obstáculos no setor imobiliário chinês tornam-se mais aparentes, a administração do país formula estratégias para contornar a situação. O foco reside na revitalização de um segmento crucial para a estabilidade econômica nacional.
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Uma Onda de Estímulo Imobiliário
Contrastando com períodos anteriores de inação, a China opta por reagir assertivamente. Ao invés de introduzir pacotes maciços de estímulo, semelhantes aos de anos anteriores, as autoridades estão delineando táticas específicas.
Uma evidência disso está nas cidades emblemáticas como Shenzhen e Xangai, que adotaram políticas mais flexíveis na aquisição de propriedades.
De fato, indivíduos com hipotecas anteriores podem agora desfrutar de benefícios antes reservados para compradores de primeira viagem. Com “sinal de entrada e taxas de juro mais baixas”, a mobilidade habitacional parece mais atraente para muitos.
Economias Previstas com Novos Benefícios
Impulsionados pelo Banco do Povo da China (PBoC), os futuros proprietários são encorajados a reavaliar o mercado.
Conforme estimativas da Nomura, com as reformas atuais, os potenciais descontos poderiam alcançar uma faixa entre “200 a 300 bilhões de yuans”, traduzindo-se em até US$ 41 bilhões anuais.
A Renovação do Pensamento Habitacional
O mantra previamente popularizado, “as casas são para viver, não para especular”, enfrenta uma reformulação tática.
A mudança na postura é sinalizada por figuras influentes como Rosealea Yao, da Gavekal, indicando que “as autoridades estão agora dispostas a tolerar uma maior especulação no mercado imobiliário”.
Repercussões em Localidades Menores
Entretanto, as cidades de menor porte, apesar de serem vitais para a malha imobiliária, podem não testemunhar o mesmo impacto. Devido à abundância de propriedades disponíveis, a resposta a essas reformas pode ser limitada.
Prognóstico do Setor Imobiliário
Apesar dos recentes esforços do governo chinês para revitalizar e impulsionar o mercado imobiliário, a visão predominante entre os especialistas é de cautela.
Muitos analistas, incluindo a equipe de pesquisa da Morgan Stanley, estão projetando um cenário menos otimista para o setor nos próximos anos.
Baseando-se em diversas análises e tendências observadas, eles prevêem que o mercado não retornará aos altos níveis vistos em 2020 e 2021.
Adicionalmente, existe uma preocupação crescente sobre a demanda por novas moradias. Espera-se que esta sofra um decréscimo notável, o que poderia ser indicativo de uma mudança nas preferências habitacionais ou na confiança econômica geral.
Este possível declínio na demanda por moradias ressalta a importância de acompanhar de perto as tendências e desenvolvimentos futuros no setor imobiliário chinês.