Mais de 400 mil empresas encerram atividades no Brasil até junho de 2023
Neste ano, especificamente nos primeiros seis meses, uma notícia alarmante chacoalhou a economia brasileira. O país viu um “saldo negativo” de 427.934 empresas.
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Interessante notar que, ao falarmos dessas empresas, não estamos considerando os “Microempreendedores Individuais (MEIs)”.
As informações trazidas pela Contabilizei, alicerçadas nos registros da “Receita Federal”, pintam um quadro preocupante.
Voltando um pouco no tempo, desde o último trimestre de 2021, o número de encerramentos superou as inaugurações. Assim, num olhar retrospectivo, mais de 750 mil empresas desapareceram do mapa econômico do Brasil.
Setores em Alerta: Quem Sofre Mais?
Focalizando especificamente na indústria, mesmo não dominando os números gerais, ela sofreu um baque proporcionalmente maior.
Para se ter uma ideia, no segundo trimestre deste ano, a cada nova empresa industrial que surgia, três encerravam suas atividades. Estes são, sem dúvida, números que exigem reflexão.
Com relação ao comércio, ele ostenta uma marca que exige atenção. Somente nesse trimestre, 129.515 estabelecimentos comerciais fecharam, em comparação a 61.685 que abriram as portas.
No entanto, o setor de serviços também não teve muitos motivos para celebrar. Enquanto 196.651 empresas encerraram suas atividades, 133.836 decidiram enfrentar o mercado.
O cenário é composto por inúmeros desafios, de acordo com Guilherme Soares, representante da Contabilizei. Ele ressalta questões como gestão financeira, endividamento da população e até a reativação do mercado formal de trabalho.
No entanto, nem tudo é sombrio. O Sebrae evidencia que, contra todas as probabilidades, as micro e pequenas empresas inauguraram cerca de 710 mil vagas de trabalho apenas no primeiro semestre.
MEIs: Uma Categoria à Parte
Ao entrar no terreno dos “Microempreendedores Individuais (MEIs)”, encontramos uma dinâmica única. Estes empreendedores possuem facilidades no processo de abertura e na manutenção, ao contrário das Microempresas, que têm um percurso mais intrincado.
Soares reitera que os MEIs são mais vulneráveis a variações econômicas de curto prazo. Mas, mesmo com os obstáculos, muitos persistem e mantêm seus negócios ativos.
Curiosamente, o cenário pós-pandemia observou um crescimento em certos setores de MEIs e MEs, impulsionados pela demanda de serviços remotos e autônomos.
O Futuro à Vista: Projeções e Tendências
A era digital e o anseio por trabalhos flexíveis estão moldando o mercado. Mais do que nunca, profissionais buscam o trabalho remoto, dando impulso ao nascimento de novos MEIs e MEs.
Paralelamente, o universo do e-commerce floresce, motivando empreendedores a formalizar seus negócios, visando integrar grandes marketplaces.
Em resumo, apesar dos desafios claros no panorama empresarial do Brasil, tendências emergentes indicam possíveis caminhos para o renascimento econômico.
Os empreendedores, armados com informação e determinação, têm o poder de traçar um futuro mais promissor para o mercado nacional.