Líder conservador espanhol Feijóo assume derrota em tentativa de se tornar primeiro-ministro

 

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Líder conservador espanhol Feijóo assume derrota em tentativa de se tornar primeiro-ministro

O líder do Partido Popular (PP) e principal nome da oposição conservadora na Espanha, Alberto Núñez Feijóo, reconheceu nesta sexta-feira (data não especificada) que não conseguirá os votos necessários para se tornar o próximo primeiro-ministro do país. A declaração foi feita diante do parlamento espanhol, durante sua segunda tentativa de obter apoio suficiente, após ter falhado na primeira votação realizada na quarta-feira.

Hoje, não poderei lhes dar um governo, mas lhes dei segurança e esperança“, afirmou Feijóo em discurso emocionado na Câmara dos Deputados. A votação desta sexta exigia apenas uma maioria simples — ou seja, mais votos a favor do que contra — mas, ainda assim, o líder conservador não conseguiu reunir os apoios necessários entre os partidos menores, incluindo siglas nacionalistas e regionais.

Com o fracasso da investidura de Feijóo, ganha força a possibilidade de o atual primeiro-ministro em exercício, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), iniciar o processo formal para tentar formar um novo governo. Sánchez, que governa desde 2020 em coalizão com o partido de esquerda Unidas Podemos, agora busca renovar sua base de apoio e costurar uma nova aliança progressista no parlamento.

Para obter sucesso, no entanto, o socialista terá que negociar com partidos regionais catalães e bascos, alguns dos quais têm demandas separatistas e exigem concessões significativas em troca de apoio. Entre essas exigências estão questões como anistia para líderes envolvidos no processo de independência da Catalunha em 2017 e maior autonomia fiscal e política para suas regiões.

Apesar da complexidade das negociações, Pedro Sánchez demonstrou confiança e afirmou que está disposto a liderar um governo plural, progressista e voltado para a estabilidade institucional e econômica da Espanha. A movimentação do PSOE será observada de perto, tanto pela população espanhola quanto pelos mercados internacionais, atentos à estabilidade política no país ibérico.

Se nenhuma candidatura conseguir apoio suficiente nos próximos dois meses, novas eleições gerais poderão ser convocadas, o que aumentaria a incerteza política. A expectativa é de que Sánchez oficialize sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro já nos próximos dias.

(Reportagem de Belén Carreño e Emma Pinedo)

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