Julho vê saldo positivo de R$ 982,8 milhões em operações do Tesouro Direto
Ao analisarmos o comportamento dos investidores no Tesouro Direto durante o mês de julho, observamos uma clara preferência por títulos públicos com vencimentos de médio prazo. Os dados mostram que os papéis com vencimento entre 5 e 10 anos foram os mais procurados, representando 47,3% do total de vendas no período. Essa escolha reflete, em parte, uma busca por equilíbrio entre retorno e risco, já que títulos de prazo intermediário tendem a oferecer rentabilidades mais atrativas sem o nível de volatilidade típico dos papéis de longo prazo.
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Em seguida, vieram os títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que corresponderam a 37,2% das vendas. Essa categoria atrai investidores que preferem mais liquidez ou que desejam manter seus investimentos em prazos mais curtos, seja por motivos de segurança, planejamento financeiro ou incertezas econômicas.
Já os títulos com vencimento superior a 10 anos somaram 15,5% das vendas, indicando uma parcela menor de investidores dispostos a se comprometer com horizontes mais longos. Embora ofereçam geralmente maiores retornos, esses papéis também estão mais sujeitos à marcação a mercado e oscilações econômicas ao longo do tempo.
Crescimento da Base de Investidores
Outro dado que chama atenção no relatório de julho é o crescimento expressivo da base de investidores ativos — ou seja, aqueles que mantêm aplicações em aberto no Tesouro Direto. O número ultrapassou a marca de 2,2 milhões de pessoas, com um acréscimo de 46.006 investidores apenas no mês. Isso mostra que, cada vez mais, os brasileiros têm reconhecido o Tesouro Direto como uma opção segura, acessível e rentável para aplicar seu dinheiro, mesmo diante de cenários econômicos desafiadores.
Além do aumento dos ativos, também houve crescimento no número total de investidores cadastrados, o que demonstra um interesse contínuo pelo produto. Esse movimento reforça a tendência de maior educação financeira e busca por alternativas de investimento mais alinhadas aos objetivos individuais e à realidade econômica do país.
