Índice de aprovação do governo Lula oscila para baixo e vai a 40,6%, diz CNT/MDA
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A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma leve oscilação negativa, de acordo com a mais recente pesquisa realizada pelo instituto MDA a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta terça-feira. Apesar da queda na avaliação positiva, quase metade da população ainda acredita que o atual governo está desempenhando um papel melhor do que o de seu antecessor, Jair Bolsonaro.
De acordo com o levantamento, 40,6% dos entrevistados consideram o desempenho do governo Lula “ótimo” ou “bom”, uma queda em relação aos 43,1% registrados na última pesquisa, realizada em maio. Ao mesmo tempo, a taxa de desaprovação subiu: 27,2% agora avaliam o governo como “ruim” ou “péssimo”, ante 24,6% na medição anterior.
O diretor do instituto MDA, Marcelo Souza, comentou que a avaliação geral do governo permanece positiva, mas alertou para a diminuição das expectativas da população em áreas sensíveis, como emprego, renda, saúde e educação. A área de segurança pública, em particular, demonstrou uma deterioração perceptível na confiança dos entrevistados, com uma expectativa majoritariamente voltada para a piora.
A percepção comparativa entre os governos também foi captada na pesquisa: 46,4% dos entrevistados afirmam que a gestão de Lula é melhor do que a de Jair Bolsonaro, enquanto 29,1% avaliam que o governo atual é pior, e 21,7% acreditam que está no mesmo nível. Esses números revelam uma divisão importante na opinião pública, mas ainda indicam um saldo positivo para o atual presidente na comparação direta com seu antecessor.
Além disso, a pesquisa também mediu a aprovação pessoal de Lula como presidente. O índice de aprovação caiu de 57% para 54,9%, enquanto a desaprovação subiu de 35% para 39%, revelando um aumento na polarização das opiniões sobre sua liderança. Embora os números ainda sejam favoráveis, o crescimento da desaprovação acende um sinal de alerta no Planalto, especialmente em um contexto de dificuldades econômicas e pressões políticas crescentes.
O levantamento foi realizado com 2.002 entrevistados em todas as regiões do país, entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. Esses resultados oferecem um retrato atualizado do humor do eleitorado brasileiro em relação ao governo federal e ao presidente, destacando tanto os avanços quanto os desafios que ainda precisam ser enfrentados na gestão atual.
(Reportagem de Anthony Boadle, em Brasília)
