Impactos da China e expectativas nos EUA levam dólar a crescer para R$ 4,97

A segunda-feira foi marcada por uma alta do dólar comercial, que se aproximou da barreira dos R$ 5. Iniciando o dia com um ligeiro viés de queda, a moeda acabou por ganhar terreno, especialmente quando comparada às moedas de economias emergentes e de nações exportadoras de commodities.

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Impactos da China e expectativas nos EUA levam dólar a crescer para R$ 4,97. (Foto: reprodução/internet)

Ao término do dia, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 4,978 (compra) e R$ 4,979 (venda), atingindo seu pico em R$ 4,997. A respeito desse cenário, José Faria Júnior, da Wagner Investimentos, observa:

“Com a piora da situação externa, a chance do dólar continuar subindo em direção a R$ 5,05 – R$ 5,10 aumenta”, embora veja uma tendência de queda a longo prazo.

Surpresa no Mercado: Decisões Econômicas na China

Um corte de juros na China, menor do que o esperado, gerou reações no mercado global. O país asiático decidiu reduzir sua taxa de empréstimo primária de um ano em 10 pontos base, situando-se agora em 3,45%.

Eduardo Moutinho, da Ebury, pondera sobre o ocorrido: “Há muitos motivos que podem estar por trás desta decisão”.

Petróleo em Alta e Seus Reflexos nas Commodities

O mercado de petróleo demonstrou crescimento, com os preços apresentando uma tendência de alta. Esse cenário fornece um suporte adicional para as moedas dos países que são grandes exportadores desse recurso.

Tendências nos EUA: Juros e Rendimentos

O contexto norte-americano também teve sua parcela de destaques. O rendimento do Treasury de 10 anos chegou ao seu maior patamar em 15 anos.

Esse comportamento é uma resposta à expectativa de que o Federal Reserve possa sustentar taxas de juros elevadas por um período mais longo, considerando as decisões fiscais em curso nos EUA.

Os Olhares Voltam-se para a Reunião dos BRICS

No cenário brasileiro, a reunião dos BRICS, programada para acontecer em Joanesburgo entre os dias 22 e 24 de agosto, é um dos principais focos de atenção.

Com a presença confirmada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especula-se sobre a possível discussão acerca do papel do dólar nas operações comerciais mundiais. Adicionalmente, no plano interno, as discussões referentes à nova regra fiscal ganham espaço no debate político.

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