Haddad Anuncia Possível Isenção de Imposto de Renda para Modalidade de Investimentos Tradicional
No início de agosto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou o lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), trazendo consigo benefícios para diversas modalidades de investimento. Este programa, com um montante estimado de investimento de R$ 1,7 trilhão, introduz uma notável participação da iniciativa privada como um elemento-chave.
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A inovação central do Novo PAC é a ampla inclusão do setor privado, projetando um aporte de R$ 612 bilhões provenientes da iniciativa privada, além de R$ 371 bilhões provenientes da União, R$ 343 bilhões de estatais e R$ 362 bilhões de financiamentos.
Com um significativo influxo de investimentos de estatais e empresas privadas, o mercado de capitais e os investidores têm a oportunidade de colher vantagens do Novo PAC.
Isso se deve ao fato de que as empresas devem emitir títulos de dívida, equivalentes a “empréstimos” concedidos pelos investidores (através de debêntures incentivadas, instrumentos que gozam de isenção de Imposto de Renda).
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Efeitos nos Investimentos diante do Novo PAC
O impacto previsto ganha ainda mais magnitude considerando que o governo, por meio de um decreto, expandiu a lista de setores autorizados a emitir debêntures incentivadas.
Empresas ligadas às áreas de educação, saúde, segurança pública e equipamentos culturais e esportivos foram agora incluídas nessa categoria. Elas se unem aos setores de energia, portos e saneamento básico, ampliando as oportunidades de captação de recursos através desse instrumento.
De acordo com especialistas, essa nova abordagem do governo terá um impacto positivo no mercado de renda fixa, proporcionando novas opções para investidores e maior liquidez no mercado secundário.
Odilon Costa, chefe de renda fixa da SWM, considera a entrada de novos setores como “altamente benéfica” para o mercado. No entanto, ele observa que os efeitos podem demorar um pouco para serem percebidos, conforme indicado ao InfoMoney.
Leonardo Ono, gestor de crédito privado da Legacy Capital, compartilha uma opinião semelhante. Ele afirmou ao InfoMoney que a primeira impressão do projeto é positiva, mas ressalta que ainda não se sabe quando exatamente as diretrizes serão implementadas.
Portanto, apesar de já se antecipar que o projeto terá um impacto no mercado, ainda não é possível prever com precisão quando isso influenciará os preços das debêntures.