Governo retira 33 brasileiros da Cisjordânia e deve embarcá-los para o Brasil nesta 4ª
O governo federal resgatou nesta quarta-feira cerca de 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia, disse o Executivo em comunicado, em mais uma fase da Operação Voltando em Paz, que já repatriou outras 1.413 pessoas, em meio ao crescente conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas na região.
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De acordo com o governo, os resgatados incluem 12 homens, 10 mulheres e 11 crianças, que agora aguardam no Aeroporto Internacional Queen Alia, na Jordânia, para serem trazidos ao Brasil por uma aeronave da Presidência da República em voo que deve partir ainda nesta quarta.
A operação envolveu inicialmente três veículos, que buscaram os brasileiros espalhados por onze cidades na Cisjordânia e os levaram até Jericó, onde ocorreram os tramites migratórios e a passagem pela fronteira com a Jordânia, disse o comunicado. Em seguida, um ônibus fretado levou os passageiros para a capital do país, Amã.
A Cisjordânia, o outro território além da Faixa de Gaza que abriga a população palestina, tem visto uma escalada na violência desde o início da ofensiva retaliatória de Israel por conta dos ataques do Hamas em 7 de outubro, apesar de a maior parte das operações israelenses ainda ocorrerem em Gaza.
Na segunda-feira, autoridades palestinas disseram que cerca de 329 palestinos haviam morrido por ataques israelenses na Cisjordânia, enquanto em Gaza o total de mortos já passa de 8.700 pessoas.
No comunicado, o governo afirmou que segue monitorando a situação dos 34 brasileiros que aguardam autorização na Faixa de Gaza para cruzar a fronteira com o Egito, onde uma aeronave da Força Aérea Brasileira já está posicionada para repatriá-los.
A fronteira foi aberta pela primeira vez nesta quarta-feira desde o início do conflito para a saída de palestinos feridos e cerca de 450 cidadãos estrangeiros, incluindo nacionais de Austrália, Finlândia, Japão, entre outros países, disse o governo.
A diplomacia brasileira ainda segue em busca de um cessar-fogo humanitário em Gaza. No mês passado, uma proposta de resolução do país no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pedia a abertura de corredores humanitários para a saída de refugiados e o transporte de suprimentos no enclave, foi vetada pelos Estados Unidos.
(Por Fernando Cardoso)
Fonte: Reuters
