Garimpo Ilegal no Território Yanomami Recua em 80%, Informa Ministério da Defesa

Em 2023, uma notícia positiva emerge da Terra Indígena Yanomami (TIY): a área ocupada pelo garimpo ilegal nesse território sofreu uma notável redução de 78,51%.

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Garimpo Ilegal no Território Yanomami Recua em 80%, Informa Ministério da Defesa. (Foto: reprodução/internet)

Esse progresso é atribuído à força-tarefa governamental que atuou em resposta à crise humanitária enfrentada pelos indígenas Yanomami na região.

Dados Atuais da Diminuição

Segundo informações do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), ligado ao Ministério da Defesa, os números são impressionantes.

Nos primeiros nove meses de 2023, a área ocupada por garimpeiros na TIY totaliza 214 hectares. No mesmo período no ano anterior, essa área alcançava a preocupante marca de 999 hectares.

A Defesa ressalta que a redução de aproximadamente 80% na área afetada demonstra que a presença dos garimpeiros na região é, atualmente, residual, limitando-se a pequenas áreas.

Nos últimos cinco meses, a média de variação observada foi de apenas 4 hectares, e as maiores concentrações de garimpeiros foram desmanteladas.

Impacto Positivo nos Recursos Hídricos

Além da redução nas áreas de garimpo ilegal, a atuação conjunta da força-tarefa, que envolve diversos órgãos do governo federal, produziu efeitos positivos nos recursos hídricos da região.

De acordo com o Ministério da Defesa, os rios Uraricoera e Mucajaí recuperaram suas cores naturais devido à ausência do mercúrio, um metal utilizado pelos garimpeiros que estava tornando as águas dos rios amareladas.

Resultados Operacionais

Desde o início da operação de desintrusão da área ocupada pelos garimpeiros, diversas ações coordenadas com órgãos de segurança pública resultaram na detenção de 146 garimpeiros.

Além disso, foram apreendidas 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos utilizados nas atividades ilegais.

Contexto da Operação e Crise Humanitária

A operação de desintrusão da área da Terra Indígena Yanomami foi iniciada no início deste ano, em resposta a uma crise humanitária que afetou os indígenas da região.

O governo federal, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou estado de emergência de saúde para os Yanomami e implementou uma força-tarefa que envolveu militares, policiais, órgãos de proteção ambiental e povos indígenas com o objetivo de remover os invasores.

Histórico do Conflito com Garimpeiros

A reserva indígena Yanomami, a maior do Brasil, enfrenta há muito tempo problemas relacionados ao garimpo ilegal em sua área.

Quando a reserva foi oficialmente demarcada e reconhecida pelo governo em 1992, no estado de Roraima, uma operação foi realizada para expulsar milhares de garimpeiros que ocupavam a região ilegalmente.

No entanto, sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia a exploração mineral em terras indígenas, a região voltou a ser invadida por um grande número de garimpeiros e madeireiros ilegais.

Durante esse período, houve uma negligência significativa por parte do governo em relação às invasões de reservas indígenas, causando grande preocupação e conflito com as comunidades indígenas, como os Yanomami.

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