FMI vê paralisação do governo dos EUA como “risco evitável” e pede que partes cheguem a um consenso

 

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A assessora econômica da Casa Branca, Lael Brainard, expressou nesta sexta-feira sua profunda preocupação com a iminente paralisação do governo dos Estados Unidos, que está prestes a começar já neste fim de semana. Brainard destacou enfaticamente que esta situação representa um “risco desnecessário” para uma economia que, apesar de se mostrar resiliente diante dos desafios globais, atualmente enfrenta uma inflação moderada, a qual eles vinham gerenciando com cuidado. Ela pontuou que evitar uma interrupção no financiamento federal está “inteiramente nas mãos da Câmara dos Deputados”, atribuindo a responsabilidade de forma particularmente forte sobre os republicanos, cujo apoio é essencial para a continuidade dos serviços governamentais.

Em sua entrevista à CNBC, Brainard alertou que os riscos para a economia abrangem impactos diretos em setores fundamentais, como as forças armadas, onde membros ativos possivelmente enfrentarão atrasos em seus pagamentos. Tal situação não só comprometeria suas condições de vida, como também a prontidão para o serviço, prejudicando uma área crítica para a segurança nacional. Além disso, a potencial paralisação é prevista para causar atrasos significativos no tráfego aéreo, impactando de forma severa tanto o transporte de cargas quanto o fluxo de passageiros. Esses problemas, por sua vez, gerariam um efeito dominó com repercussões em várias indústrias interdependentes, exacerbando as cadeias de abastecimento e prejudicando a economia como um todo.

Brainard enfatizou ainda que as populações mais vulneráveis, incluindo aqueles vivendo na pobreza, enfrentarão dificuldades crescentes, pois seriam incapazes de acessar benefícios governamentais essenciais. Esses benefícios são cruciais para sua subsistência e bem-estar, e sua falta aumentaria as já existentes desigualdades socioeconômicas no país. Ela alertou que essa situação traria consequências potencialmente devastadoras para o tecido social dos Estados Unidos e poderia comprometer a estabilidade econômica do país de forma duradoura. A interrupção dos serviços assistenciais não apenas deixaria inúmeras famílias em uma situação precária como também criaria um ambiente de incerteza econômica que minaria a confiança dos mercados.

(Por Andrea Shalal)

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