Ex-diretor da Odebrecht admite pagamentos a ex-presidentes peruanos

De forma surpreendente, Jorge Barata, ex-executivo da renomada construtora brasileira Odebrecht, trouxe à tona informações cruciais sobre o envolvimento da empresa no financiamento de campanhas eleitorais no Peru.

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Ex-diretor da Odebrecht admite pagamentos a ex-presidentes peruanos. (Foto: reprodução/internet)

Em uma sessão virtual, Barata detalhou as práticas financeiras da empresa, revelando que elas se estendiam a praticamente todos os presidentes que assumiram o cargo nas últimas duas décadas no Peru.

Seu depoimento lança luz sobre as profundas conexões entre empresas e políticos na América Latina e destaca a necessidade de medidas rigorosas de combate à corrupção em todo o continente.

Distribuição Financeira: Rastreando os Pagamentos

Não se tratando apenas de transferências bancárias, Barata revelou que a Odebrecht frequentemente fazia uso de dinheiro em espécie para patrocinar candidatos.

Ele citou contribuições específicas para líderes como Alan García, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski, bem como outros nomes-chave da política peruana. Ao discutir os valores, ele explicou:

“A quantia destinada a Humala chegava a três milhões; para Fujimori, rondava um milhão; e Villarán também recebeu três milhões.”

O Retorno para a Odebrecht

As contribuições, apesar de generosas, não eram desinteressadas. Segundo Barata, as grandes somas desembolsadas pela Odebrecht tinham o intuito de assegurar “vantagens” para a empresa em projetos governamentais.

Barata e Seu Papel no Escândalo

O foco principal do testemunho de Barata está ligado ao projeto do metrô de Lima, que está envolto em um caso de lavagem de dinheiro.

Além de expor tais práticas, Barata, por meio de um acordo de colaboração firmado em 2018, está comprometido a ajudar a justiça peruana a desvendar toda a rede de corrupção.

Consequências Políticas da Revelação

O peso das declarações de Barata é amplificado ao considerarmos o impacto que teve na política peruana. Durante a administração de García, o projeto do metrô de Lima esteve sob supervisão da Odebrecht.

Infelizmente, García cometeu suicídio em 2019, coincidindo com o auge das investigações. Outras figuras políticas, como Toledo e Fujimori, também têm seus nomes manchados no escândalo.

Olhando Adiante: Implicações Financeiras e Lições para Investidores

O caso da Odebrecht ressalta a importância de práticas transparentes para stakeholders e entusiastas do mercado financeiro.

A confissão da empresa em 2017, perante um tribunal dos Estados Unidos, de que recorria a métodos ilícitos para assegurar contratos enfatiza a urgência de uma abordagem crítica e diligente no que diz respeito a investimentos, sobretudo em áreas onde a integridade pode ser questionada.

Isso serve como um lembrete para a necessidade de due diligence rigorosa e governança corporativa sólida em todos os níveis.

Espera...