Este ano, o petróleo marca sua primeira vez acima de US$ 90

Em um movimento inesperado, o petróleo tem vivido dias de glória. O recente rali levou a commodity a alcançar os US$ 90. Se considerarmos que essa cifra não era atingida desde novembro de 2022, a surpresa se torna ainda mais evidente.

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Este ano, o petróleo marca sua primeira vez acima de US$ 90. (Foto: reprodução/internet)

Decisões de Gigantes: As Estratégias de Arábia Saudita e Rússia

No coração deste rali está a decisão estratégica de dois gigantes petrolíferos. Tanto a Arábia Saudita quanto a Rússia, em um movimento que surpreendeu muitos, anunciaram que estenderiam os cortes de oferta até o final do ano.

Para colocar em números: estamos falando de cortes de 1 milhão de barris por dia por parte da Arábia Saudita e 300 mil bpd vindos da Rússia.

Isso, evidentemente, provoca uma espécie de “sufocamento” no mercado, levando a uma consequente valorização do petróleo.

O Peso da OPEP na Equação Petrolífera

Não podemos ignorar o papel que a Arábia Saudita e a Rússia desempenham no cenário global.

A primeira figura como um pilar central da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Enquanto isso, a Rússia se consolida como uma importante aliada, formando, assim, a OPEP+.

Olhando para o Futuro: Projeções e Especulações

As movimentações no mercado petrolífero sempre são acompanhadas de projeções. E, neste cenário, temos uma perspectiva intrigante vinda de Jorge Leon, da Rystad Energy.

Ele menciona que “Prevemos agora que a demanda global por combustíveis líquidos ultrapassará a oferta em cerca de 2,7 milhões de bpd no próximo trimestre”. Contudo, ao projetarmos para o último trimestre de 2023, as coisas se tornam um pouco turvas.

Isso porque pode haver um declínio na demanda global, com um foco especial na China. Uma questão pertinente é: a OPEP+ estaria se adiantando com medidas preventivas?

China: O Gigante Econômico e Suas Incertezas

Quando se trata de economia, a China é sempre um jogador-chave. O país pode influenciar significativamente a demanda global, principalmente quando falamos de petróleo.

E Jorge Leon coloca um ponto crítico: “O sentimento macroeconômico chinês é um potencial risco descendente”.

O Desafio Ocidental: Lidar com a Inflação e o Petróleo Alto

O impacto do petróleo caro não se limita ao Oriente. No Ocidente, países desenvolvidos enfrentam seus próprios desafios. Bancos centrais, por exemplo, têm que balancear a crescente inflação com os preços do petróleo.

Como Jorge Leon postula, líderes ocidentais, preocupados com o preço crescente do petróleo, podem explorar diferentes estratégias para mitigar impactos.

Espera...