El Niño deve durar até abril de 2024, elevando temperaturas a níveis recordes

 

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El Niño deve durar até abril de 2024, elevando temperaturas a níveis recordes

El Niño Persistirá até Abril de 2024, Aumentando o Risco Climático Global, Afirma OMM

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou nesta quarta-feira que o fenômeno climático El Niño, que já está em curso, deverá continuar até pelo menos abril de 2024. Esse evento, que é caracterizado pelo aquecimento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico Oriental e Central, está elevando as temperaturas globais, e 2023 já está a caminho de ser o ano mais quente já registrado.


Impacto do El Niño nas Temperaturas Globais

A OMM alertou que existe uma probabilidade de 90% de que o El Niño continue durante o inverno do Hemisfério Norte, o que intensificará ainda mais as condições climáticas extremas no próximo ano. Com esse cenário, 2023 provavelmente será lembrado como o ano mais quente da história, superando o recorde anterior de 2016, que também foi marcado por um El Niño extremamente forte combinado com os efeitos do aquecimento global causado pela queima de combustíveis fósseis.


Fenômenos Climáticos Extremos Provocados pelo El Niño

O El Niño é um fenômeno natural que pode desencadear uma série de fenômenos climáticos extremos, incluindo incêndios florestais, ciclones tropicais, secas prolongadas e chuvas torrenciais. Esses eventos podem ter um impacto devastador em diversas partes do mundo, especialmente nas áreas mais vulneráveis.

A OMM destacou que, embora o El Niño afete várias regiões, os mercados emergentes serão os mais vulneráveis a suas consequências, especialmente no que diz respeito às oscilações nos preços dos alimentos e da energia. A volatilidade nos preços desses itens pode agravar as dificuldades econômicas enfrentadas por países que já lutam contra desafios financeiros e sociais.


Consequências Econômicas para os Mercados Emergentes

O impacto do El Niño sobre os mercados emergentes pode ser particularmente preocupante, dado que essas economias são geralmente mais expostas a flutuações nos preços de commodities essenciais, como alimentos e energia. A escassez de alimentos causada por secas prolongadas ou colheitas prejudicadas pode aumentar os preços alimentares, exacerbando a segurança alimentar em várias regiões, enquanto os aumentos nos preços de energia devido a fenômenos climáticos extremos podem afetar ainda mais o poder de compra das populações vulneráveis.

Além disso, o impacto do El Niño sobre os preços globais de commodities, como energia e alimentos, pode aumentar a inflação em muitas regiões do mundo, incluindo países que dependem de importações para abastecer suas necessidades.


Aquecimento Global: Uma Crise em Expansão

A OMM também observou que 2023 está no caminho para se tornar o ano mais quente já registrado, superando 2016, o ano com o El Niño mais forte até hoje. O aumento das temperaturas globais está sendo exacerbado por emissões de gases de efeito estufa, principalmente causadas pela queima de combustíveis fósseis, e está pressionando ainda mais os sistemas naturais e econômicos ao redor do mundo.

Este aquecimento acelerado tem implicações sérias para ecossistemas e sociedades humanas, com ondas de calor, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar e outros efeitos ambientais extremos.


Conclusão: O Impacto de El Niño e os Desafios Futuros

O fenômeno El Niño de 2023 e suas consequências climáticas, como temperaturas recordes e fenômenos extremos, são um aviso urgente sobre os impactos das mudanças climáticas globais. Com a previsão de que o El Niño continue até 2024, é imperativo que governos e organizações internacionais se preparem para lidar com os efeitos devastadores em mercados emergentes e economias vulneráveis.

A crescente incerteza climática exige ações mais rápidas e eficazes para mitigar os impactos do aquecimento global e adaptar as economias globais a um futuro cada vez mais imprevisível.

(Reportagem de Emma Farge)

Fonte: Reuters

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