Dólar tem leve queda em pregão volátil, mas segue acima dos 5 reais


Dólar tem leve queda em pregão volátil, mas segue acima dos 5 reais

Em um dia de volatilidade, o dólar à vista fechou a quinta-feira em leve baixa ante o real, ainda acima dos 5 reais, com as cotações reagindo ora a estímulos do exterior, onde a moeda norte-americana cedia ante as demais divisas, ora a fatores técnicos, com investidores comprados sustentando as cotações de olho na formação da Ptax de fim de mês.

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O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0401 reais na venda, em baixa de 0,15%.

Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,13%, a 5,0370 reais.

Após ter emplacado três sessões consecutivas de ganhos no Brasil, acumulando alta de 2,33%, a moeda norte-americana à vista oscilou entre o positivo e o negativo em diferentes momentos desta quinta-feira.

Pela manhã, com alguns investidores realizando lucros recentes, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,0150 reais (-0,65%) às 9h35. A moeda norte-americana também cedia no exterior ante outras divisas, o que pressionava para baixo as cotações no Brasil.

No entanto, em nenhum momento o dólar voltou a ser cotado abaixo dos 5 reais, mantendo o patamar técnico superado na véspera.

Ainda pela manhã, a moeda à vista migrou para o positivo, retomando a tendência mais recente, com agentes do mercado citando os receios de que o Federal Reserve possa elevar ainda mais os juros, mantendo-os em níveis elevados por mais tempo.

“O dólar foi para baixo pela manhã, em movimento de realização de lucros de ontem (quarta-feira), mas não se sustentou assim, porque o mercado ainda está se apoiando na manutenção dos juros altos nos EUA”, pontuou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.

“Aquele dólar de 4,70 ou 4,80 reais ficou para trás. O diferencial de juros está fechando”, acrescentou Bergallo, lembrando que, enquanto o Fed sinaliza juros mais altos, o Banco Central brasileiro está em processo de redução da taxa básica Selic. Assim, é de se esperar uma cotação mais elevada para o dólar ante o real.

Investidores que estão comprados no mercado futuro — o mais líquido no Brasil e, no limite, o que define as cotações no segmento à vista — também atuaram para o dólar se manter em patamares mais altos, de olho na definição da Ptax de fim de mês, na sexta-feira.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).

Neste cenário, a moeda norte-americana à vista marcou a máxima de 5,0710 reais (+0,46%) às 10h50.

Durante a tarde, a cotação se reaproximou da estabilidade. A queda do dólar ante uma cesta de moedas fortes e em relação às demais divisas de exportadores de commodities pesou no fim da sessão, e a moeda americana encerrou em leve queda ante o real.

Às 17:14 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,49%, a 106,140.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 9.880 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro.

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