Com a Selic em 12,75%: Melhores Investimentos Segundo Analistas
Na última quarta-feira (20), o Banco Central tomou a esperada decisão de reduzir a taxa básica de juros, a Selic, para 12,75% ao ano, mantendo o ciclo de queda.
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Neste cenário, investidores se perguntam como devem ajustar suas estratégias em relação a ativos de renda fixa e renda variável.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) afirmou que pretende manter o ritmo de cortes em 0,50 ponto percentual, o que é considerado apropriado para continuar o processo desinflacionário.
Renda Fixa Continua Atraente
Mesmo com a queda da Selic, a renda fixa ainda oferece oportunidades atraentes. As taxas de juros permanecem em um patamar considerado alto, e a expectativa é de que a Selic continue em níveis de dois dígitos até o próximo ano.
Títulos de Inflação São Favoritos
Os títulos indexados à inflação são amplamente recomendados por especialistas. Esses títulos são versáteis, pois oferecem proteção contra a inflação e, em cenários econômicos melhores, a parte prefixada desses títulos pode gerar lucros com a venda antecipada.
Títulos do Tesouro IPCA+ de curto prazo, com vencimento em até cinco anos, são sugeridos por analistas da Quantzed e Sicredi Asset.
Títulos Pós-Fixados para Reserva de Emergência
Para investimentos de curto prazo e para formação de uma reserva de emergência, os títulos pós-fixados ainda são uma opção viável, embora sua rentabilidade diminua automaticamente com a queda da Selic.
Cautela com Títulos Prefixados de Longo Prazo
Os títulos prefixados, quando recomendados, devem ser considerados apenas para o curto prazo. Evitar investir em títulos de longo prazo é aconselhável devido à incerteza sobre o cenário fiscal de longo prazo no Brasil.
Fundos Imobiliários em Destaque
O corte na Selic é visto como um impulsionador da indústria de fundos imobiliários (FIIs). Essa mudança pode levar investidores de renda fixa a considerar alocações em FIIs como uma forma de adicionar mais risco à carteira.
É importante notar que os FIIs são influenciados por diversos fatores macroeconômicos, e sua resposta ao afrouxamento monetário deve ser observada de perto.
Oportunidades na Renda Variável
Embora a redução das taxas de juros seja geralmente vista como positiva para o mercado de ações, o ambiente atual é caracterizado por incertezas nos cenários local e global.
Portanto, os analistas adotam uma abordagem neutra em relação às ações, focando na seleção individual de ações, conhecida como “stock picking”.
Diversificação nas Ações
Recomenda-se diversificação em várias indústrias, incluindo o varejo, que enfrenta desafios há algum tempo. A lista de ações recomendadas inclui empresas dos setores de varejo, construção, bancos, energia elétrica e locação de veículos.
Fundos de Investimento como Alternativa
Para investidores que desejam diversificação e a expertise de gestores profissionais, os fundos de investimento são uma opção a considerar.
Os fundos multimercados, que investem em uma variedade de instrumentos de renda fixa e renda variável, são destacados como uma escolha versátil.
Além disso, fundos de crédito privado e fundos de renda fixa são mencionados como boas opções em um cenário de queda de juros.