CNC reporta que confiança de consumo familiar é a maior desde 2015
A mais recente pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica um cenário otimista entre os brasileiros, impulsionado pela recente estabilidade da inflação.
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ICF Registra Aumento Significativo
Agosto viu o índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançar uma marca significativa de 101,1 pontos, um aumento de 1,4% em relação ao mês anterior.
Esse índice não atingia tal patamar desde abril de 2015, quando chegou a 102,9 pontos. A CNC sublinhou a importância deste crescimento, indicando que é a primeira vez em mais de oito anos que o índice ultrapassa a barreira dos 100 pontos, sinalizando otimismo.
Análise Detalhada dos Componentes da ICF
De acordo com a CNC, o cenário reflete uma recuperação consistente da confiança dos consumidores em suas perspectivas futuras de consumo.
“Os resultados apontam um crescimento consistente da intenção de consumo desde janeiro de 2022, quando o índice voltou aos níveis anteriores à pandemia de covid-19, de 99,3 pontos”.
Seis dos sete componentes que formam o ICF apresentaram progresso de julho para agosto. Dentre eles, destacam-se os índices de emprego atual, que cresceu 1,1%, alcançando 125,0 pontos, e renda atual, que subiu 1,0% para 118,7 pontos. Por outro lado, a perspectiva profissional teve uma ligeira queda de 0,2%, atingindo 118,1 pontos.
Impacto da Inflação no Ânimo Consumidor
Um dos principais fatores que têm contribuído para a renovada confiança do consumidor é a queda da inflação.
“A inflação corrente caindo mais do que o esperado tem deixado os consumidores mais dispostos a consumir”, pontuou Izis Ferreira, economista da CNC.
Ela também destaca a percepção de estabilidade no emprego, embora note que o alto nível de endividamento continua a ser uma preocupação. “Tanto que 40 em cada 100 consumidores ainda indicam que estão comprando menos do que há um ano.”
Diferenças no Consumo entre Gêneros
Os dados revelam uma tendência positiva tanto para homens quanto para mulheres. Os homens, com um índice de 102,2 pontos em agosto, mostram-se mais otimistas do que no mês anterior.
As mulheres, com um índice de 99,7 pontos, ainda permanecem um pouco cautelosas, embora haja uma melhora em relação a julho.
“Do total de consumidoras, 41,2% apontam que estão mais seguras no emprego atualmente, e 10,6% afirmaram estar desempregadas. Entre os homens, 43,5% afirmam estar mais seguros no trabalho, e somente 7,8% apontam desocupação”, concluiu a CNC.