Ceron defende que o resultado primário “não é o eixo central do nosso arcabouço fiscal”
No coração da política econômica brasileira, encontra-se um conjunto de estratégias e propostas que buscam equilibrar as contas públicas e potencializar o crescimento. Vamos desvendar, passo a passo, o que os principais atores do cenário político-econômico têm a dizer sobre isso.
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Meta de Primário Zero: Desvendando seu Significado
Ao analisarmos o cenário fiscal, nos deparamos com a recente proposta da meta de primário zero para 2024. No entanto, Rogério Ceron, um dos maiores defensores da política econômica, esclarece que esta meta é apenas “mais um elemento colocado na regra”.
Tal afirmação amplia nosso entendimento, mostrando que há mais em jogo no novo arcabouço fiscal do que aparenta à primeira vista.
Metas de Primário: A Chave para uma Economia Robusta
O caminho para uma economia forte e sustentável passa, sem dúvida, pela adoção de metas de primário eficientes. Para Ceron, elas são a pedra angular que ajudará o Brasil a ajustar suas contas públicas.
Ele destaca, ainda, a relevância de manter um clima econômico favorável, já que “a estabilidade no ambiente econômico é muito importante para a retomada dos investimentos privados”.
Vislumbres da Reforma Tributária
O Congresso brasileiro atualmente debate intensamente sobre a reforma tributária. Nesse contexto, Ceron vê a reforma como um meio de impulsionar a produtividade econômica do país, o que por sua vez, influenciará positivamente na política fiscal.
Além disso, ele ressalta que a administração atual está voltada para a implementação de mecanismos inovadores de alocação de recursos, evidenciando o papel das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e das concessões. Não menos importante, a Educação surge como uma área prestes a ser revolucionada em termos de investimento.
Desafios no Horizonte Fiscal
No entanto, o cenário não é totalmente otimista. O deputado Cláudio Cajado, relator da lei do novo arcabouço fiscal, manifesta preocupações.
Ele identifica uma dicotomia no governo entre aqueles que defendem as metas fiscais e aqueles que aspiram a elevar os gastos sem garantir novos recursos. “O que me preocupa são os gastos sem previsão de receita, isso é muito temerário”, alerta Cajado.
A Repercussão Econômica e a Resposta do Mercado
Com a introdução do novo regime fiscal e a iminente reforma tributária, há uma renovação na confiança dos investidores, observa Cajado. Porém, ele também traz à tona um aviso:
“Se houver algo que comprometa o resultado das metas fiscais, isso poderá trazer graves prejuízos, com a volta da inflação e um risco Brasil mais elevado”.
Portanto, manter-se fiel à essência do arcabouço fiscal é crucial, caso contrário, o Brasil corre o risco de erigir um “castelo de cartas, que vai desmoronar”.