Boric convoca plebiscito para segunda proposta de nova Constituição no Chile

 

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Boric convoca plebiscito para segunda proposta de nova Constituição no Chile

Chile Convoca Novo Plebiscito para Decidir sobre Proposta de Nova Constituição

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta terça-feira (7) a convocação oficial do plebiscito nacional de 17 de dezembro, no qual os eleitores irão decidir se aprovam ou rejeitam a segunda proposta de nova Constituição, elaborada para substituir o texto vigente desde a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973–1990).

A proposta atual foi redigida por um Conselho Constitucional dominado por forças de direita, e representa a segunda tentativa do país de reformar sua Constituição em menos de dois anos. A primeira tentativa, liderada por forças de esquerda e independentes, foi rejeitada pela maioria dos eleitores em setembro de 2022.

“O plebiscito de 17 de dezembro está oficialmente convocado, e eu convido todos os nossos compatriotas a se informarem e participarem”, declarou Boric durante cerimônia oficial em Santiago.
“Confio plenamente na sabedoria do povo chileno.”

Cenário Político e Expectativas

Pesquisas recentes indicam que a maioria dos chilenos ainda planeja rejeitar o novo texto, mas a margem entre os campos do “Sim” e do “Não” vem diminuindo à medida que se aproxima a votação.

A presidente do agora extinto Conselho Constitucional, Beatriz Hevia, afirmou que o texto entregue representa uma oportunidade concreta para o país:

“Finalmente temos uma proposta que pode pôr fim à incerteza institucional, fortalecer o estado de direito e oferecer as ferramentas necessárias para reativar a economia.”

Ainda assim, o cenário político continua polarizado, e o governo de Boric — que apoiava a primeira proposta rejeitada — afirmou que não insistirá em uma nova reformulação caso a atual também fracasse. Com isso, o texto constitucional herdado do regime de Pinochet continuará em vigor se a proposta de dezembro for rejeitada.

Impactos Econômicos e Reação do Mercado

Em meio ao debate constitucional, a agência S&P revisou para baixo a perspectiva econômica do Chile, citando a falta de consenso político como um dos principais fatores de instabilidade. A continuidade da incerteza institucional tem impacto direto na confiança dos investidores, fluxos de capital e no desempenho econômico do país.

O Que Está em Jogo

  • Plebiscito: 17 de dezembro de 2023
  • Objetivo: Aprovar ou rejeitar a nova proposta de Constituição
  • Cenário atual: Constituição vigente é da era Pinochet
  • Se rejeitada novamente: Constituição de 1980 permanece em vigor
  • ⚖️ Divisão política: Conselho dominado por conservadores; oposição crítica ao conteúdo do novo texto
  • 📉 Economia: Enfrenta pressão por instabilidade e falta de previsibilidade jurídica

O resultado do plebiscito será decisivo não apenas para o futuro político do Chile, mas também para sua estabilidade institucional e econômica nos próximos anos.

(Natalia Ramos e Alexander Villegas)

Fonte: Reuters

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