Biden se registra para primária da Carolina do Sul em 1º teste de força pela reeleição


Biden se registra para primária da Carolina do Sul em 1º teste de força pela reeleição

A equipe de campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou formalmente nesta sexta-feira a documentação para as primárias democratas da Carolina do Sul, o primeiro confronto oficial do partido e um teste de entusiasmo inicial para um presidente afetado por uma série de pesquisas recentes que mostram o declínio do apoio entre os eleitores negros.

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A primária de 3 de fevereiro no Estado representará a primeira vez que Biden enfrentará uma eleição desde 2020, desta vez contra os democratas Dean Phillips, um parlamentar de Minnesota, e a guru de autoajuda Marianne Williamson.

“Senhora presidente, gostaria de apresentar oficialmente a papelada”, disse a vice-presidente Kamala Harris, que fez uma visita surpresa ao Estado, à presidente democrata estadual enquanto entregava os documentos de registro.

A disputa marcará o retorno a um Estado que Biden credita por tê-lo catapultado para a Casa Branca ao ganhar as primárias lá. Embora seja improvável que Biden enfrente uma concorrência séria, uma forte participação em um local onde a maioria dos eleitores democratas é negra acalmaria os temores dentro do partido sobre a elegibilidade de Biden em 2024.

“Embora saibamos que Joe Biden vencerá as primárias, queremos votar como uma demonstração de entusiasmo e apoio ao presidente”, disse Carol Fowler, membro do Comitê Nacional Democrata e moradora de longa data do Estado.

Biden retirou Iowa e New Hampshire como primeiros locais de disputa do calendário das primárias em favor da Carolina do Sul. A mudança força qualquer desafiante democrata a Biden a competir primeiro na Carolina do Sul, em vez de Iowa e New Hampshire, dois Estados majoritariamente brancos que o rejeitaram em 2020.

“É um reconhecimento da força do voto negro ao iniciar a luta na Carolina do Sul”, disse Derrick Johnson, presidente da NAACP, poderosa organização de direitos civis.

Biden não se registrou para a primária de New Hampshire, marcada para janeiro, depois que o Estado recusou o pedido do Partido Democrata de adiar a data. Phillips e Williamson concorrerão no Estado, mas não acumularão os delegados necessários para ganhar a indicação.

Os presidentes exercendo o mandato geralmente se dão ao luxo de evitar primárias confusas e dispendiosas, ao mesmo tempo em que usam as primeiras disputas como ensaios e ferramentas de mobilização antes da eleição geral.

Embora ninguém espere que a Carolina do Sul seja competitiva na eleição geral — o Estado não vota em um democrata para presidente em uma eleição desde a vitória de Jimmy Carter em 1976 — espera-se que a campanha de Biden invista em uma operação para mobilizar votos na Carolina do Sul, incluindo a contratação de pessoal para a campanha, nas próximas semanas.

Espera-se também que a campanha invista nas primárias em Nevada e Michigan, dois Estados que podem ajudar a decidir quem vencerá a eleição geral.

Uma série de pesquisas recentes tem mostrado que a coalizão multirracial que impulsionou Biden para a Casa Branca está se desgastando. Uma pesquisa da CNN divulgada em 31 de outubro constatou que o índice geral de aprovação de Biden na Carolina do Sul era de apenas 33%, menor do que sua aprovação nacional, que tem oscilado em torno de 40% na maioria das pesquisas.

A mesma pesquisa mostrou que 63% dos eleitores negros registrados e 78% dos eleitores democratas registrados no Estado lhe dão notas positivas por seu desempenho no cargo.

Quando questionada sobre uma previsão de como o presidente se sairá na Carolina do Sul em fevereiro, Kamala disse: “Vamos vencer”.

Fonte: Reuters

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