B3 tem leve alta no lucro líquido do 3º tri, para R$1,16 bi

 

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B3 tem leve alta no lucro líquido do 3º tri, para R$1,16 bi

B3 Apura Lucro Recorrente de R$ 1,16 Bilhão no 3º Trimestre com Estabilidade nos Resultados e Queda na Margem

A B3, operadora da bolsa de valores brasileira, registrou um lucro líquido recorrente de R$ 1,16 bilhão no terceiro trimestre de 2023, resultado que representa uma leve alta de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido atribuído aos acionistas, considerando itens não-recorrentes, cresceu 4,4%, totalizando R$ 1,07 bilhão.

Já a receita líquida foi de R$ 2,25 bilhões, com queda marginal de 0,4% na comparação anual, ficando abaixo das expectativas do mercado, que projetava em média R$ 2,39 bilhões, segundo dados da LSEG (antiga Refinitiv).

A receita total da companhia, que inclui todas as fontes de faturamento, também apresentou retração, fechando o trimestre em R$ 2,49 bilhões, uma queda de 0,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2022. O resultado reflete o cenário de menor atividade no mercado de ações, impactado pela sazonalidade do período e por fatores externos, segundo avaliação da própria B3.

“Apesar das reduções na taxa de juros brasileira, o mercado à vista de ações nacional foi influenciado pelo cenário externo e pela sazonalidade do período”, destacou a empresa em relatório, mencionando o impacto das férias no Hemisfério Norte como um dos fatores que reduziu a atividade.

O Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,62 bilhão, com queda de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A margem Ebitda recorrente também caiu, passando de 74% para 72,3%, indicando pressão nas margens operacionais.

As despesas totais aumentaram 6,9% em base anual, chegando a R$ 902,2 milhões. Excluindo a consolidação da empresa Neurotech, especializada em softwares de gestão, o valor ajustado seria de R$ 879,1 milhões. As despesas ajustadas somaram R$ 503,9 milhões, um crescimento de 7,4% ano contra ano.

  • Despesas core business (operações principais): alta de 8,8%
  • Despesas non-core (novos negócios e iniciativas): aumento de 4,5%

Mesmo com crescimento nas despesas e queda nas margens, a B3 conseguiu manter um lucro estável, sustentado em parte por receitas com serviços e pelo desempenho do setor de seguros.

O cenário desafiador indica que a operadora segue em um momento de transição e adaptação, lidando com volatilidade externa, mudanças no ambiente regulatório e reorganização interna para capturar novas fontes de receita. A expectativa do mercado para os próximos trimestres permanece cautelosa, com atenção ao comportamento dos juros, retomada do mercado de capitais e controle de despesas operacionais.

Fonte: Reuters

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