B3 anuncia emissão de debêntures de R$2,55 bi e eleva projeção de endividamento

 

Anúncios

B3 anuncia emissão de debêntures de R$2,55 bi e eleva projeção de endividamento

A B3, principal bolsa de valores do Brasil, anunciou nesta quinta-feira o lançamento de uma emissão de debêntures simples no valor total de R$ 2,55 bilhões, com vencimento em cinco anos. A operação representa um movimento estratégico da companhia para reforçar seu caixa e otimizar sua gestão financeira, especialmente no que se refere à manutenção do capital de giro e suporte às atividades operacionais de rotina.

Segundo comunicado divulgado por meio de fato relevante, a emissão das debêntures resultou em uma revisão da projeção de alavancagem financeira da empresa para 2023. A B3 agora estima que a relação entre sua dívida bruta e o Ebitda recorrente dos últimos 12 meses será de 2,3 vezes, acima da previsão anterior, que era de 1,9 vez. Esse indicador é importante para o mercado, pois reflete o nível de endividamento da companhia em relação à sua geração de caixa, sendo um termômetro da saúde financeira da empresa.

As debêntures emitidas terão pagamento semestral de juros, com rendimento atrelado à taxa DI (Depósito Interfinanceiro) acrescida de um spread de até 1,35% ao ano, a ser definido no processo de emissão. O papel será voltado para investidores qualificados e deve atrair interesse no mercado de renda fixa, dado o perfil de crédito sólido da B3 e a atratividade da remuneração atrelada a um índice de referência do mercado financeiro brasileiro.

De acordo com a companhia, os recursos captados com a emissão serão utilizados para fins corporativos gerais, com ênfase na gestão ordinária dos negócios, reforço de caixa e manutenção de capital de giro. Isso demonstra uma postura preventiva da empresa diante de possíveis volatilidades de mercado e reforça o compromisso da B3 com uma estrutura de capital equilibrada e sustentável, mesmo em um contexto macroeconômico desafiador.

Além de reforçar sua liquidez, a emissão permite à B3 diversificar suas fontes de financiamento, reduzindo a dependência de linhas tradicionais de crédito bancário e garantindo maior flexibilidade financeira para enfrentar cenários adversos ou aproveitar oportunidades de investimento futuro.

A operação reforça a confiança da empresa na robustez de seu modelo de negócios, além de mostrar transparência com o mercado ao revisar publicamente suas projeções de alavancagem. Para os investidores, o movimento sinaliza uma gestão ativa e prudente da estrutura financeira, sem comprometer a solidez da companhia no médio e longo prazos.

Espera...