Air France-KLM continua interessada na TAP após investimento na SAS

 

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Air France-KLM continua interessada na TAP após investimento na SAS

O grupo Air France-KLM reafirmou nesta quinta-feira seu forte interesse na aquisição de uma participação na companhia aérea portuguesa TAP, ressaltando que sua recente decisão de comprar uma fatia na escandinava SAS não compromete sua capacidade financeira ou estratégica para participar do processo de privatização da TAP.

A declaração foi feita por um porta-voz do grupo, em resposta à crescente especulação sobre como os movimentos recentes da empresa poderiam afetar sua participação em outras operações de expansão. O interesse da Air France-KLM na TAP já havia sido sinalizado anteriormente, e a confirmação pública reforça a disputa que se desenha entre grandes players da aviação europeia pelo controle da companhia portuguesa.

Na semana passada, o governo de Portugal oficializou que pretende vender uma participação mínima de 51% na TAP, após o Conselho de Ministros aprovar a estrutura legal que dará base ao processo de privatização. O plano visa atrair investimento estratégico e fortalecer a posição da TAP no mercado internacional, ao mesmo tempo em que reduz a presença do Estado na gestão da companhia aérea.

Além da Air France-KLM, outros dois gigantes do setor também demonstraram interesse: o grupo Lufthansa e o conglomerado IAG, dono de companhias como British Airways, Iberia e Vueling. A concorrência entre esses grupos pode elevar o valor da operação e trazer diferentes visões sobre o futuro estratégico da TAP — especialmente por seu papel importante nas rotas entre Europa, África e América do Sul.

A TAP é vista como uma peça valiosa no xadrez da aviação europeia por sua posição geográfica estratégica em Lisboa, com destaque para sua atuação nos mercados lusófonos e nas rotas para o Brasil, um diferencial competitivo que pode ser integrado de forma sinérgica aos planos de expansão internacional de qualquer um dos grupos interessados.

Com o processo de privatização em fase inicial, os próximos meses devem ser marcados por movimentações intensas no setor, com apresentações de propostas, diligências jurídicas e avaliações regulatórias. O governo português já sinalizou que dará preferência a propostas que assegurem a manutenção da TAP como hub estratégico em Lisboa, geração de empregos e estabilidade operacional.

A disputa promete ser uma das mais relevantes do setor aéreo europeu nos próximos anos e será acompanhada de perto por investidores, governos e sindicatos, dada sua importância para a conectividade, competitividade e economia de Portugal.

(Por Joanna Plucinska e Sergio Gonçalves)

Fonte: Reuters

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