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Atualização 8h23: Opep Reduz Previsão de Crescimento da Demanda Global de Petróleo em 2024
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou nesta segunda-feira uma revisão para baixo na previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2024, refletindo um desempenho econômico mais fraco do que o inicialmente estimado no primeiro semestre do ano e expectativas mais brandas para o consumo chinês.
Segundo o relatório mensal da Opep, a nova estimativa aponta que a demanda mundial de petróleo deverá crescer 2,11 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, uma redução em relação aos 2,25 milhões de bpd projetados no mês anterior. O ajuste reforça uma visão mais cautelosa da entidade sobre o ritmo de recuperação da economia global e seus reflexos no setor de energia.
O relatório destaca que a revisão está relacionada principalmente a dados efetivos do primeiro trimestre de 2024 e, em alguns casos, do segundo trimestre, que vieram abaixo do esperado. Além disso, a desaceleração das expectativas em relação ao crescimento da demanda de petróleo da China também influenciou diretamente na revisão.
Apesar do cenário mais moderado, a Opep ressalta que a demanda por combustíveis para transporte deve se manter sólida, mesmo com um início mais lento na temporada de viagens de verão em relação ao ano anterior. A organização acredita que o nível saudável de mobilidade tanto no transporte rodoviário quanto no aéreo continuará sustentando parte da demanda nos próximos meses.
A revisão da Opep ocorre em um momento de volatilidade nos mercados internacionais de energia, com investidores atentos não apenas aos indicadores de oferta e demanda, mas também aos desdobramentos geopolíticos — como as tensões no Oriente Médio — e às decisões de política monetária em economias centrais, que influenciam diretamente o consumo global de combustíveis.
A nova projeção deve influenciar os preços do petróleo nos próximos dias, com impacto potencial sobre decisões de produção dos países-membros, bem como sobre as estratégias comerciais de grandes produtores e refinadoras. Para os mercados, o relatório reforça a necessidade de cautela na leitura da recuperação da demanda global, especialmente diante de sinais de desaceleração nas maiores economias do mundo.
