Ibovespa avança com GPA e Ambev entre maiores altas após balanços; fiscal segue no radar
O Ibovespa avançava nesta terça-feira, com GPA e Assaí entre as maiores altas após balanços do terceiro trimestre com expansão de receitas e melhora no resultado operacional, assim como Ambev, que teve o lucro ajudado por custos mais baixos e taxa de câmbio.
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Agentes financeiros também continuavam atentos ao noticiário relacionado ao cenário fiscal brasileiro, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não respondendo novamente sobre eventual mudança na meta de 2024, enquanto aguardam decisões de política monetária do Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira.
Às 11:33, o Ibovespa .BVSP subia 0,47%, a 113.064,75 pontos. O volume financeiro somava 5,2 bilhões de reais.
Os pregões em Wall Street tinha variações modestas, sem um sinal único, com o S&P 500 .SPX rondando a estabilidade, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano recuavam, com o Treasury de 10 anos marcando 4,852%, de 4,877% na véspera.
No caso do Federal Reserve, conforme destacaram economistas do Bradesco, uma vez que não é esperada nenhuma alteração nos juros (atualmente na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano), “as atenções estarão voltadas para a sinalização dos próximos passos da autoridade” monetária norte-americana.
O Fed anunciará sua decisão com os pregões ainda abertos, enquanto o Banco Central brasileiro divulga o desfecho da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento do mercado. A previsão é de que a Selic seja reduzida em 0,50 ponto percentual, para 12,25% ao ano.
DESTAQUES
– GPA ON PCAR3.SA valorizava-se 2,99%, a 3,44 reais, tendo disparado a 3,63 reais mais cedo, após reportar lucro líquido das operações continuadas de 809 milhões de reais, revertendo prejuízo de 229 milhões de reais no mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 9,7%, enquanto as vendas mesmas lojas apresentaram um aumento de 6,6%.
– ASSAÍ ON ASAI3.SA subia 2,28%, a 11,21 reais, com o balanço do terceiro trimestre mostrando lucro líquido de 185 milhões de reais, queda de 34,2% ano a ano, mas acima da expectativa de analistas. A receita líquida aumentou 22,9%. No setor, CARREFOUR BRASIL ON CRFB3.SA, que reporta os seus números após o fechamento, tinha alta de 2,87%.
– AMBEV ON ABEV3.SA avançava 3,72%, a 12,82 reais, após divulgar salto de 19,3% no lucro líquido em uma base orgânica, uma vez que os preços mais baixos do alumínio e as taxas de câmbio favoráveis compensaram uma queda nos volumes de vendas em comparação com o ano anterior. No Brasil, as vendas cresceram na casa dos 10%, superando o desempenho do setor.
– MAGAZINE LUIZA ON MGLU3.SA recuava 0,73%, a 1,36 real, enquanto CASAS BAHIA ON BHIA3.SA avançava 4,44%, a 0,47 reais, com agentes financeiros ainda atentos à cena fiscal brasileira e o risco de um menor espaço para a queda da taxa Selic.
– PETROBRAS PN PETR4.SA caía 0,83%, a 34,79 reais, apesar da alta do petróleo no exterior. Investidores ainda repercutem notícias envolvendo investimentos da companhia, enquanto seguem na expectativa do desfecho da assembleia de acionistas convocada para o final do próximo mês para avaliar propostas como a criação de uma reserva de remuneração do capital e alteração em regras sobre a indicação de membros da alta cúpula.
– VALE ON VALE3.SA subia 1,00%, a 68,86 reais, tendo como pano de fundo alta dos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou o dia com acréscimo de 0,34%, a 898,5 iuanes (122,80 dólares) a tonelada, mesmo com dados nesta terça-feira mostrando que a atividade industrial da China contraiu-se inesperadamente em outubro.
– ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA cedia 0,30%, a 27,00 reais, e BRADESCO PN BBDC4.SA perdia 0,92%, a 14,06 reais, também pressionados pelas preocupações com as contas públicas no país, principalmente o risco de governo buscar o equilíbrio fiscal via aumento da carga tributária, eventualmente antecipando medidas previstas apenas para 2024, incluindo ações que afetem o setor.
Fonte: Reuters