Ibovespa fecha em alta com alívio na curva de juros e impulso da Vale


Ibovespa fecha em alta com alívio na curva de juros e impulso da Vale

O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, em sessão de ajustes apoiados pelo alívio na curva futura de juros e com Vale fornecendo um apoio adicional após anúncio de dividendos e recompra de ações, enquanto Petrobras figurou entre as poucas quedas, pressionada pelo declínio do petróleo no exterior.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,73 %, a 114.776,86 pontos. Na máxima do dia, chegou a 114.885,61 pontos. Na mínima, a 112.840,03 pontos. O volume financeiro somou 21,5 bilhões de reais.

O penúltimo pregão da semana trouxe dados dos Estados Unidos mostrando uma economia robusta no terceiro trimestre, com o PIB crescendo 4,9%, mas com alívio em uma medida de inflação no período, o que ditou a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

“Os resultados divulgados hoje apresentam uma economia americana reacelerando o crescimento com inflação moderada”, avaliou o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares.

Ele destacou, contudo, que o resultado do PIB não reflete ainda a significativa elevação das taxas de juros mais longas, observada nos últimos meses. “E sendo assim, precisaremos de mais tempo para conhecer o impacto sobre a economia americana dessa subida das taxas de juros.”

Com a decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima semana, as atenções agora se voltam para dados de Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA em setembro na sexta-feira, particularmente o índice de preços PCE, uma medida de inflação monitorada de perto pelo Fed.

Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em queda de 1,18%, pressionado particularmente por ações de empresas de tecnologia, em meio a um cenário misto traçado pelos resultados e previsões de companhias do setor.

No mercado de dívida, porém, o Treasury de 10 anos marcava 4,8445% no final da tarde, de 4,953% na véspera, em meio a aumento de apostas no mercado de que o Fed manterá os juros na faixa de 5,25% a 5,50% este ano e iniciará cortes em meados de 2024.

O comportamento dos títulos do Tesouro dos EUA reverberou no mercado de DI no Brasil, com alívio nas taxas, endossando ações de empresas sensíveis a juros. O índice do setor de consumo fechou em alta de 2,17%, enquanto o do setor imobiliário avançou 3,24%.

O mercado de DI ainda contou com apoio do IPCA-15 de outubro, que desacelerou a alta para 0,21% após avanço de 0,35% em setembro, praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,20%. Uma nova deflação dos alimentos compensando em parte o salto pontual nas passagens aéreas.

DESTAQUES

– VALE ON subiu 2,14%, a 65,30 reais, após a mineradora anunciar a distribuição de proventos aos acionistas de 2,33 reais por ação, referente à antecipação da destinação do resultado do exercício de 2023, bem como novo programa de recompra de ações. Na máxima, chegou a 65,37 reais. A companhia também divulga ainda nesta quinta-feira seu balanço do terceiro trimestre, após o fechamento do mercado. Na China, o contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações diurnas em alta de 0,7%.

– ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 2,48%, a 27,71 reais, e BRADESCO PN avançou 2,55%, a 14,50 reais, ampliando os ganhos na parte da tarde e respondendo por uma contribuição positiva relevante na performance do Ibovespa dada a participação na sua composição.

– PETROBRAS PN recuou 1,03%, a 35,70 reais, entre as poucas quedas do Ibovespa no dia, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent encerrando o dia negociado em baixa 2,44%, a 87,93 dólares. A companhia também afirmou nesta quinta-feira que não há qualquer encaminhamento entre a empresa e a boliviana YPFB para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia, ao comentar notícia publicada na véspera.

– ASSAÍ ON saltou 6,07%, a 11,70 reais, em dia de alta no setor de varejo alimentar, com GPA ON fechando com elevação de 5,49% e CARREFOUR ON disparando 6,96%.

– CASAS BAHIA ON avançou 4,17%, a 0,50 real, encontrando suporte no alívio da curva de juros para se recuperar após forte perda na véspera. MAGAZINE LUIZA ON encerrou em alta de 2,08%, a 1,47 real.

– WEG ON valorizou-se 3,78%, a 32,66 reais, em sessão de ajustes. Na véspera, a ação fechou com um tombo de 10%, na esteira da frustração de agentes financeiros com a expansão da receita da companhia no terceiro trimestre. Em teleconferência com analistas nesta quinta-feira, a companhia destacou que não tem a redução de receita como cenário base para 2024, tampouco espera que seus investimentos (capex) sejam reduzidos no próximo ano em relação a 2023.

Fonte: Reuters

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