Dólar interrompe série negativa sob influência externa e retorna aos R$5


Dólar interrompe série negativa sob influência externa e retorna aos R$5

O dólar à vista interrompeu sequência de três sessões consecutivas de queda e fechou a quarta-feira em leve alta no Brasil, pouco acima dos 5 reais, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana e dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após a divulgação de dados positivos do setor imobiliário dos EUA.

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O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0018 reais na venda, em alta de 0,16%. Em outubro, a divisa dos EUA acumula queda de 0,51%.

Na B3, às 17:20 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,11%, a 5,0025 reais.

No início da sessão, o dólar chegou a oscilar no território negativo no Brasil, dando continuidade ao movimento de queda dos três dias anteriores. Às 9h27, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação mínima de 4,9857 reais (-0,16%).

A divulgação de novos dados econômicos nos EUA, no entanto, mudou o cenário.

Às 11h, o Departamento de Comércio informou que as vendas de residências novas se recuperaram em 12,3%, atingindo uma taxa anual ajustada sazonalmente de 759 mil unidades em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de novas moradias, que representam uma pequena parcela das vendas de casas nos EUA, se recuperariam para uma taxa de 680 mil unidades.

O ritmo de vendas de agosto foi revisado para cima, para 676 mil unidades, contra 675 mil unidades informadas anteriormente.

Os dados reforçaram a percepção de que o Federal Reserve precisará manter as taxas de juros em patamares mais elevados por mais tempo, para segurar a inflação, o que deu força aos rendimentos dos Treasuries e, em paralelo, ao dólar ante a maior parte das demais divisas, incluindo o real.

Às 11h19, já sob efeito dos números dos EUA, o dólar à vista marcou a máxima de 5,0205 reais (+0,54%).

“O movimento de hoje (quarta-feira) é bem tímido. O range (faixa) foi bem estreito entre a mínima e a máxima”, disse Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.

“Mas seguimos ligados ao exterior, onde as bolsas caem bastante e os yields voltam a subir, sem um gatilho novo. O desconforto ainda é com a política monetária dos EUA e a guerra no Oriente Médio”, resumiu Machado.

Ainda que os movimentos fossem contidos, eles foram suficientes para o dólar à vista retomar o patamar de 5 reais — que havia sido perdido na terça-feira.

No mercado, a postura ainda é de cautela em relação aos próximos dados da economia dos EUA e à decisão de política monetária do Fed na semana que vem, o que mantém as cotações travadas.

No fim da tarde, o dólar seguia em alta ante quase todas as demais divisas no exterior.

Às 17:20 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,27%, a 106,520.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de dezembro.

Fonte: Reuters

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