Stora Enso prevê mercado florestal difícil até 2024
A Stora Enso espera que a demanda fraca por papel persista no próximo ano, embora os sinais de que o pior pode ter passado para o setor florestal tenham feito com que as ações da empresa finlandesa subissem 5% nesta terça-feira.
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A alta inflação e a queda na demanda têm pressionado os resultados do setor de papel e celulose desde o final do ano passado, com empresas como Stora Enso e UPM-Kymmene também sofrendo com a desestocagem de clientes.
“Não prevemos nenhuma melhora significativa na demanda do mercado ou nos níveis de estoque para o final do ano”, disse o presidente-executivo da companhia, Hans Sohlstrom.
A Stora disse que alguns custos diminuíram em relação aos picos anteriores e que a desestocagem dos clientes está chegando ao fim, o que poderia oferecer algum suporte em 2024, mas alertou que a recuperação do mercado de celulose será lenta.
“As perspectivas para o quarto trimestre permanecem fracas, mas parece que já vimos o fundo do poço, com uma ligeira melhora esperada em relação ao trimestre anterior”, disseram os analistas do JPMorgan, apontando para o aumento dos preços e volumes de celulose.
A UPM-Kymmene disse nesta terça-feira que a demanda por alguns de seus produtos já começou a melhorar, já que apresentou resultados do terceiro trimestre melhores do que o esperado.
Sohlstrom disse que todos os negócios da Stora foram afetados pelas difíceis condições de mercado e pela pressão sobre os preços no terceiro trimestre, uma vez que a demanda global por celulose permaneceu fraca em meio à alta oferta, e as altas taxas de juros pesaram sobre a demanda do mercado de construção, importante cliente da indústria florestal.
A Stora, que tem tentado combater a fraca demanda e os altos custos com uma série de fechamentos de fábricas e reduções de pessoal, disse que não planeja novos fechamentos por enquanto.
A companhia relatou lucro operacional de terceiro trimestre antes de juros e impostos de 21 milhões de euros, uma queda de 96% em relação ao ano anterior.
Fonte: Reuters