Embraer prevê cumprir meta de entregas em 2023 e manter ritmo de crescimento em 2024


Embraer prevê cumprir meta de entregas em 2023 e manter ritmo de crescimento em 2024

A Embraer está confiante de que irá atender a meta de entregas de aeronaves deste ano, que embute uma perspectiva de crescimento de cerca de 25%, e avalia que 2024 poderá manter o ritmo, afirmou o presidente-executivo, Francisco Gomes Neto.

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O executivo afirmou que espera que a performance da Embraer no quarto trimestre, normalmente um dos mais movimentados para entregas de aviões, ajude a empresa a minimizar a baixa atividade do início do ano. Ele citou, em entrevista à Reuters, que a Embraer enfrenta problemas de fornecimento relacionados aos motores da Pratt & Whitney.

Gomes Neto também descreveu o terceiro trimestre como “bom”, afirmando que os volumes ficaram em linha com os planos de entrega da companhia para o ano. A Embraer deve anunciar resultado do terceiro trimestre em novembro.

A Embraer espera que as entregas em 2023 subam 25,8%, para 200 jatos, considerando os modelos comerciais e executivos. A previsão inclui entregas de 65 a 70 aviões comerciais.

“A perspectiva é que a gente vai chegar naquele ‘guidance’ que a gente anunciou. O segundo trimestre foi bom, o terceiro também foi bom, o que ajuda, então o quarto tem que compensar o primeiro com o volume mais alto. Porque a gente ainda está sofrendo um pouco com essas restrições da cadeia de suprimentos”, afirmou Gomes Neto.

A Embraer entregou 62 jatos até o final do segundo trimestre, incluindo 24 comerciais e 38 executivos.

A companhia está trabalhando para um melhor equilíbrio de entregas ao longo dos trimestres do próximo ano, quando espera ter outro crescimento de dois dígitos na comparação anual, disse o presidente da Embraer, embora “desafios” existam especialmente no fornecimento de motores.

O executivo havia informado anteriormente a Reuters que havia boa chance da Embraer entregar 80 ou mais aviões comerciais no próximo ano e retornar ao nível de 100 ou mais entregas até 2025 ou 2026.

“A gente ainda está fechando o planejamento (para o ano que vem), não está pronto, não tem ‘guidance’, mas a gente tem uma expectativa do crescimento deste ano se repetir para o ano que vem.”

Várias campanhas de vendas estão em andamento, acrescentou o executivo, com a Embraer anunciando nesta quarta-feira a venda de quatro jatos E195-E2 para Luxair.

MOTORES

Gomes Neto citou que a Embraer tem trabalhado com a Pratt & Whitney para superar problemas relacionados à qualidade de produção que deve deixar em terra 350 aviões por ano até 2026 em toda a indústria, que têm causado a retirada de motores de aviões Airbus A320neo para prolongadas inspeções.

A Embraer usa motores Geared Turbofan da Pratt & Whitney na família de aviões comerciais E2.

“A gente não está imune a esse problema. Mas o nosso avião é muito mais leve que o A320, mais leve que o A220. A expectativa é que o E2 sofra muito menos que os outros, por conta disso”, disse Gomes Neto.

Fonte: Reuters

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