Hidrelétrica Jirau é mais resiliente à seca no rio Madeira, diz ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afastou nesta quinta-feira a possibilidade de a usina hidrelétrica Jirau paralisar suas operações devido à seca no rio Madeira, afirmando que as características do empreendimento o tornam mais resiliente às condições hidrológicas desfavoráveis.
Anúncios
A declaração de Silveira vem após a hidrelétrica Santo Antônio, também localizada no rio Madeira, em Rondônia, ter parado suas máquinas nesta semana, o que levou o governo a acionar usinas térmicas para atender o consumo de energia do Acre e Rondônia.
“Santo Antônio, pelas características do projeto de engenharia da hidrelétrica, ela é a usina mais suscetível a esse tipo de impacto de escassez hídrica… Jirau tem um remanso que permite uma maior capacidade de resiliência à crise hídrica”, disse Silveira a jornalistas nesta quinta-feira.
As duas hidrelétricas do rio Madeira estão entre as maiores geradoras de energia do país e foram construídas a fio d’água, isto é, não possuem reservatório de acumulação, estando mais sujeitas à sazonalidade das vazões do rio.
“Quero ter toda a expectativa de que essa questão hídrica se resolva nos próximos dias e que nós não tenhamos maiores impactos do que os já vistos para a sociedade do Norte”, acrescentou Silveira.
O ministro disse ainda que os sistemas isolados da região amazônica — comunidades que não recebem energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo dependentes de geração local a diesel — estão “bem abastecidos” de combustível, com estoques para cerca de 30 dias, o que garante o suprimento energético da região.
(Por Letícia Fucuchima)
Fonte: Reuters