Desigualdade Persiste no Brasil, Apesar de Aumento nas Transferências de Renda
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) analisou a situação econômica do Brasil e concluiu que, apesar dos esforços para transferir recursos para famílias de baixa renda e ampliar programas sociais, a pobreza ainda persiste em níveis elevados no país.
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Além disso, a desigualdade social continua sendo um desafio significativo, superando os níveis observados em outros países membros da OCDE.
Desafios no Mercado de Trabalho e Renda Instável
A OCDE identificou que um dos principais obstáculos para a redução da pobreza no Brasil é a alta informalidade no mercado de trabalho.
A maioria dos trabalhadores com baixa qualificação profissional enfrenta dificuldades devido à sua renda instável. Esses fatores tornam difícil melhorar as condições de vida desses grupos populacionais.
Recomendações para Estimular o Crescimento
Para impulsionar o crescimento econômico e abordar esses desafios, a OCDE propôs uma série de recomendações. Em primeiro lugar, sugere que os gastos sociais se concentrem em benefícios direcionados às famílias de baixa renda.
Além disso, destaca a importância de expandir o acesso à educação infantil para promover a igualdade de oportunidades e permitir que mais mães possam buscar emprego. Melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio também é crucial para reduzir as disparidades de habilidades.
Desafios no Mercado de Trabalho e Comércio Internacional
A OCDE observou que o Brasil enfrenta obstáculos no mercado de trabalho e no ambiente de negócios. Isso inclui a necessidade de reduzir barreiras tarifárias e não tarifárias, bem como limitar o papel das associações profissionais na fixação de preços.
Barreiras Comerciais e Profissões Regulamentadas
A organização enfatizou que o Brasil mantém barreiras comerciais elevadas, o que limita a concorrência das empresas estrangeiras.
Além disso, identificou barreiras à concorrência em seis profissões regulamentadas, incluindo contadores, arquitetos, engenheiros civis, agentes imobiliários, advogados e notários. A OCDE argumenta que essas barreiras precisam ser reduzidas, pois elas afetam o acesso ao mercado e os preços mínimos.
Educação e Transição Digital
A qualidade da educação no Brasil foi considerada baixa pela OCDE, e o nível de treinamento profissional foi considerado insuficiente.
Para abordar essa questão, a organização sugeriu o aumento dos recursos para cursos de formação profissional para preencher as lacunas de habilidades e melhorar a integração no mercado de trabalho.
Transição Digital e Acesso à Banda Larga
A OCDE observou que o Brasil possui um baixo percentual de empresas com presença online em comparação com os países membros.
No entanto, o uso da internet entre a população aumentou em 2020, embora o acesso à banda larga continue limitado. A OCDE recomendou um aumento nos investimentos públicos para expandir a cobertura de banda larga e melhorar o comércio eletrônico.