Plantio de soja do Brasil atinge 5,2%, recorde da série histórica, diz AgRural

 

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Plantio de soja do Brasil atinge 5,2%, recorde da série histórica, diz AgRural

A semeadura da safra 2023/24 de soja no Brasil atingiu 5,2% da área estimada até a última quinta-feira, consolidando-se como o plantio mais acelerado já registrado desde o início da série histórica da AgRural, em 2005/06. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela consultoria, que acompanha semanalmente a evolução dos trabalhos de campo nas principais regiões produtoras do país.

O ritmo atual representa um avanço significativo em relação à semana anterior, quando apenas 1,9% da área total havia sido plantada — um salto de 3,3 pontos percentuais em apenas sete dias. Em comparação com o mesmo período da safra passada, a atual se mostra mais adiantada: em 2022, o índice de plantio nesta mesma fase era de 3,8%, ou seja, 1,4 ponto percentual abaixo do registrado neste ano.

Segundo a AgRural, o estado do Paraná continua liderando os trabalhos de plantio, puxando o ritmo nacional com maior intensidade. O clima na região tem favorecido a entrada das máquinas no campo, permitindo aos produtores iniciarem os trabalhos com boa agilidade. Já no Mato Grosso, tradicionalmente o maior produtor de soja do país, o cenário é mais desafiador. De acordo com a consultoria, o avanço das lavouras tem sido prejudicado pelas chuvas ainda irregulares e pelas altas temperaturas, o que tem dificultado a operação das máquinas e a germinação adequada das sementes.

Esse início mais rápido da semeadura é considerado positivo, pois permite um calendário mais confortável para o ciclo da soja e aumenta as chances de um plantio antecipado da segunda safra (safrinha) de milho, que depende diretamente da colheita dentro da janela ideal. Além disso, quanto mais cedo o plantio é realizado, maiores as chances de escapar de riscos climáticos na fase de desenvolvimento e colheita da cultura.

Por outro lado, os produtores e analistas seguem atentos à regularização das chuvas nas regiões centrais do país, especialmente em Mato Grosso e Goiás, que são essenciais para garantir um ritmo contínuo de plantio e o estabelecimento saudável das lavouras nas próximas semanas.

A expectativa do setor é de que, mantidas as condições climáticas favoráveis, o Brasil mantenha a tendência de liderança global na produção e exportação de soja, com a safra 2023/24 consolidando novamente um volume robusto de colheita.

 

(Por Letícia Fucuchima e Gabriel Araujo)

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