Banco Mundial traça planos para ampliar empréstimos em mais de US$100 bi em uma década

 

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Banco Mundial traça planos para ampliar empréstimos em mais de US$100 bi em uma década

Banco Mundial propõe aumento de US$ 100 bilhões em empréstimos para países em desenvolvimento como parte de sua reforma climática

O Banco Mundial apresentou nesta quinta-feira uma proposta que pode ampliar significativamente sua capacidade de financiamento a países em desenvolvimento. Como parte de um amplo plano de reforma, a instituição sugeriu medidas que possibilitariam a concessão de mais US$ 100 bilhões em empréstimos ao longo da próxima década. A iniciativa faz parte do esforço do banco para expandir sua missão tradicional, incorporando de forma mais abrangente o enfrentamento das mudanças climáticas entre suas prioridades.


Nova estrutura de financiamento: capital híbrido e garantias de portfólio

Em um relatório detalhado de 24 páginas entregue ao comitê ministerial conjunto que supervisiona o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), a administração da instituição delineou os principais mecanismos que pretende implementar para atingir esse objetivo. A proposta inclui:

  • A criação de um instrumento de capital híbrido, que combina características de capital e dívida para alavancar recursos adicionais;
  • O lançamento de uma nova plataforma de garantia de portfólio, que permite compartilhar riscos com o setor privado e com governos parceiros.

Segundo o relatório, a combinação dessas ferramentas poderia liberar mais de US$ 100 bilhões em financiamentos adicionais, com foco especial em projetos sustentáveis, infraestrutura resiliente ao clima e adaptação de países vulneráveis às mudanças ambientais.


Expansão se soma a medidas já em andamento

Além das novas propostas, o Banco Mundial destacou que medidas já aprovadas por seus acionistas estão em curso e devem elevar os empréstimos em até US$ 50 bilhões nos próximos anos. A soma das iniciativas — tanto as em fase de implementação quanto as propostas — representa uma expansão potencial de até US$ 150 bilhões em apoio financeiro a países em desenvolvimento.

Essa reestruturação ocorre em um contexto em que o sistema financeiro internacional tem sido pressionado a responder de forma mais efetiva aos desafios globais, como a crise climática, a insegurança alimentar, os impactos econômicos da pandemia e o endividamento crescente em países de baixa renda.


Nova missão: combate à pobreza com foco climático

Tradicionalmente, o Banco Mundial tem como missão central o combate à pobreza e o estímulo ao desenvolvimento econômico sustentável. Com a nova proposta, a instituição redefine seu escopo de atuação, adotando uma abordagem integrada que reconhece que os efeitos das mudanças climáticas estão profundamente ligados à pobreza, à migração forçada e à instabilidade social.

A proposta será submetida à avaliação dos acionistas do banco nas próximas reuniões oficiais, e seu sucesso dependerá do apoio político e financeiro dos principais países-membros. Caso aprovada, a medida marca um passo importante na modernização do papel do Banco Mundial em um cenário global cada vez mais desafiador e interconectado.

Espera...